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Rural destaca benefícios da biotecnologia para queda no preço dos alimentos
terça-feira, 18 de junho de 2013 - 5h19
Ronaldo Luiz
O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesario Ramalho da Silva, foi um dos debatedores do seminário “Caminhos da Soja no Brasil”, realizado pelo jornal “Valor Econômico”, nesta semana [terça-feira, 11], em São Paulo (SP).
Ramalho participou especificamente do painel que contou com apresentação de estudo, elaborado pelo economista da MB Associados, José Carlos Mendonça de Barros, sobre a contribuição da cultura da soja para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
O documento traz capítulo específico sobre os ganhos de produtividade proporcionados pelo uso de sementes geneticamente modificadas, usando como “case” a variedade “Intacta” da Monsanto.
Estava nova tecnologia recebeu o aval do governo chinês para que os grãos [soja] oriundos dela possam ser importados pela China.
Em seu trabalho Mendonça de Barros mostrou, por exemplo, que o valor da cesta básica no Brasil caiu significativamente nos últimos 40 anos, em função do aumento de produtividade do agro nacional, que garante o abastecimento interno, e ainda gera excedentes exportáveis.
Segundo o presidente da Rural, com decisões baseadas na ciência, a biotecnologia vem vencendo a batalha contra posições ideológicas no Brasil. “Sem os OGMs não teríamos os ganhos de produtividade que temos hoje”, ressaltou, acrescentando que o uso de sementes transgênicas reduz os custos de produção nas lavouras com efeitos positivos [queda de preços] nos alimentos.
Ramalho falou ainda sobre a necessidade de o Brasil ser protagonista nas negociações do comércio agrícola internacional. Em relação à questão indígena, pontuou que se trata de um imbróglio jurídico criado pelo próprio Estado ao longo dos anos. “Tanto o governo atual, produtores rurais proprietários de terras escrituradas, índios, e a sociedade em geral são vítimas.”
De acordo com o presidente da Rural, existe uma verdadeira indústria de demarcação de terras supostamente indígenas, que está espalhando insegurança jurídica e se tornando um pesadelo para o País, ameaçando o Estado de Direito e consequentemente soberania e futuro da nação. “É algo de difícil solução”, salientou, mas apontou a compra de terras por parte do governo como um possível caminho.
