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segunda-feira, 27 de maio de 2013 - 1h26

por Renato Scardoelli

A Sociedade Rural Brasileira comemorou seus 94 anos de fundação nesta segunda-feira (20) em evento que homenageou com o prêmio “A Rural” o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão.

A premiação, que chega a terceira edição, tem o objetivo de prestar homenagem a grandes personalidades da vida pública do País, que ao longo do tempo tiveram influência positiva nas atividades agropecuária, e agroindustrial.

Em seu discurso, o presidente da Rural, Cesario Ramalho da Silva, lembrou a relação do Sr. Brandão com o campo e o início de sua carreira como escriturário na Casa Bancária Almeida & Cia., instituição financeira que proteriormente se transformou no Banco Brasileiro de Descontos, hoje o Bradesco.

Segundo Ramalho, nas mãos do senhor Brandão, o Bradesco transformou-se no maior banco privado de apoio ao produtor rural brasileiro.

O homenageado ressaltou que é um privilégio ter amigos em uma entidade que faz brilhante papel em um país agrícola. “É uma entidade que o Bradesco respeita, por ser nascido no interior e ser ligado ao setor”, disse.

O evento reuniu as maiores lideranças do agronegócio brasileiro e personalidades políticas, entre elas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o vice-governador do estado de São Paulo e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos, a senadora Kátia Abreu (presidente da Confederação Nacional da Agricultura – CNA), e vários parlamentares e autoridades.

A solenidade também contou com a participação de ex-presidentes da Rural: Renato Ticoulat, Flávio Telles de Menezes e João de Almeida Sampaio Filho, ex-secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Para o presidente da Rural, Cesario Ramalho da Silva, a entidade, ao longo dessas nove décadas, atuou à frente de questões econômicas, políticas e sociais como representante e defensora do produtor rural e, também, da sociedade.  “Nós contribuímos, e continuamos contribuindo, para que o agronegócio brasileiro alcance continuadamente o mais alto nível de representação tecnológica, econômica e social em termos mundiais em favor do desenvolvimento socioeconômico do Brasil”, ressalta.

Ramalho advertiu, pórem, que existem obstáculos que se não forem superados trazem ameaças ao agronegócio, e pelo efeito multiplicador do setor, aos outros segmentos da economia. Segundo ele, os entraves mais proeminentes são a baixa cobertura do seguro rural e a deficiente infraestrutura logística, fatores que sequestram a renda do produtor e das empresas, e encarecem os preços ao consumidor.

“Estas são questões estruturais que atravancam o crescimento do agronegócio, abrem espaço para a concorrência de outras nações produtoras agrícolas, com desdobramentos negativos para o País, e que precisam urgentemente de soluções viáveis e concretas”, afirmou Ramalho.

Durante a solenidade, a senadora Kátia Abreu defendeu a necessidade de um Plano Agrícola e Pecuário (Plano de safra) – que será anunciado no início de junho – com prazo intermediário de 18 meses, capaz de evoluir para um plano de quatro a cinco anos de vigência, que permita um planejamento adequado da atividade, com melhor gerenciamento da compra dos insumos e da comercialização dos produtos.

A presidente da CNA comemorou, também, a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Medida Provisória 595, que permite investimentos privados na construção de novos portos. “Agora, podemos ter a tranquilidade de aumentar nossa produção porque nossas exportações estarão garantidas de forma eficiente. Daremos fim aos prejuízos que têm sido impostos ao agronegócio brasileiro”, afirmou.

# Clique aqui e leia o discurso do presidente da Rural durante a solenidade.