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Plano de Safra é ‘ambicioso’, diz Sociedade Rural Brasileira

terça-feira, 04 de junho de 2013 - 6h59

Presidente Cesario Ramalho da Silva, pondera, no entanto, que o Plano deixou um pouco incerto como será a renegociação das dívidas dos agricultores. “Temos de ver como resolver a inadimplência do setor”, afirmou.

04/06/2013O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, considerou “ambicioso” o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14, no total de R$ 136 bilhões, divulgado pelo governo nesta terça-feira, 4. “O Brasil hoje em dia tem recurso, mas a questão é saber se esse dinheiro será aplicado. Queremos comemorar este Plano de Safra no ano que vem”, disse Ramalho em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Ramalho contou estar otimista em relação aos números apresentados no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade. “Não deixa de ser uma evolução, mostra que caiu a ficha do governo”, comentou, ressalvando que tudo vai depender da concretização desse plano.

Entre as medidas do PAP 2013/2014, está a decisão do Governo Federal de elevar em 75% a subvenção ao prêmio do seguro rural, de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões. A alocação maior de recursos para o seguro foi uma das reivindicações da SRB para o plano. No Brasil, cerca de 10% da área plantada está segurada, percentual muito inferior ao verificado nos Estados Unidos e Europa, onde o seguro rural cobre quase 90% do plantio. A ampliação do seguro poderá atrair mais investidores para o setor produtivo, pois o risco da atividade será reduzido. De acordo com a presidente Dilma Rousseff, foram feitos ajustes no programa e a expectativa é aplicar 75% dos recursos em regiões e produtos agrícolas prioritários.

Outro destaque na avaliação do presidente da Rural, é o crédito de R$ 25 bilhões destinados à construção, nos próximos cinco anos, de silos para armazenagem de grãos. Os primeiros R$ 5 bilhões serão liberados em 2013/14. Para ele, esse montante irá modernizar a infraestrutura de armazenagem e atenuar um dos principais gargalos da agricultura nacional.

Ramalho, pondera, no entanto, que o Plano de Safra deixou um pouco incerto como será a renegociação das dívidas dos agricultores. “Temos de ver como resolver a inadimplência do setor”, afirmou.

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