Agricultura digital: Tecnologias existem, desafio é democratizar o acesso

A pandemia da COVID-19 acelerou ainda mais o processo de digitalização do agronegócio brasileiro. Tecnologias existem, os desafios são ampliar a conectividade no campo, capacitar mão de obra e promover maior e melhor acesso de pequenos e médios produtores às ferramentas digitais. 

Este foi o diagnóstico apresentado por Fernando Camargo, secretário de Inovação e Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e Paulo César Alvim, secretário de empreendedorismo e inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em transmissão online, realizada pela FGVAgro, nesta quarta-feira (13). 

“A digitalização não tem mais volta no agronegócio, as tecnologias estão presentes. O desafio consiste na capacitação de mão de obra e promover acesso do pequeno e médio produtor à inovação”, disse Camargo.

De acordo com Alvim, expandir a conectividade no campo é outra medida mais que imprescindível – “até para garantir o uso completo de todo este ferramental tecnológico”. Segundo ele, as soluções digitais não são básicas apenas para as tarefas de campo, nas lavouras. “São fundamentais também para relacionamento, boa gestão, negociações. “

Camargo acrescentou, ainda, que no pós-pandemia a tendência é que o consumidor se torne mais exigente em relação à sanidade e qualidade dos alimentos, e que este novo comportamento acarretará em mudanças na oferta. “Diante deste cenário, vejo que as ferramentais digitais serão uma grande aliada do setor produtivo em questões relacionadas a requisitos de identificação de origem dos produtos agrícolas, rastreabilidade, conformidade socioambientais, entre outras exigências.”