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Quarta, 08 de Janeiro de 2014 - 12h03

Exclusivas uagro

Executivos da AGCO comemoram crescimento de vendas em 2013

Em números consolidados, o avanço das vendas foi de 18% em tratores (64 mil unidades) e de 40% em colheitadeiras (8 mil unidades)

Clivonei Roberto

Os fabricantes de máquinas agrícolas comemoraram o desempenho de 2013. Puxadas no ano passado pelo bom preço das commodities e pela safra recorde de grãos, de aproximadamente 187 milhões de toneladas, as vendas para o mercado interno registraram crescimento exponencial. Em números consolidados, o avanço das vendas foi de 18% em tratores (64 mil unidades) e de 40% em colheitadeiras (8 mil unidades).

Grande player do setor, o Grupo AGCO – detentor de duas marcas fortes no mercado brasileiro, a Valtra e a Massey Ferguson - é um dos fabricantes que contabilizam o bom resultado de 2013.

Segundo Eduardo Nunes, gerente regional de vendas da Massey Ferguson, a safra de grãos foi o principal motor do crescimento da indústria de máquinas em 2013. “Foram muito bem as culturas de trigo, soja, milho”, relata.  

Ao analisar cada tipo de equipamento, a Massey Ferguson bateu recorde de venda de plantadeiras e de tratores mais pesados no ano que passado, além de atingir o crescimento planejado na linha de colheitadeiras.

Na linha de implementos, especialmente em plantadeiras, o número de unidades vendidas pela Massey cresceu mais de 30%. Já a elevação dos negócios com a venda de colheitadeiras foi no mesmo nível registrado pelo mercado. “Vale ressaltar que esse crescimento foi mais acentuado no Centro-Oeste e Sul do país, justamente pelo bom momento das commodities de grãos, com aumento da produção pelo incremento de produtividade”, diz Nunes.

A esse fator, ele adiciona o fato de que o parque de colheitadeiras  tem idade média maior que a idade média dos tratores, por exemplo. É possível encontrar em operação equipamentos com idade entre 20 e 25 anos, enquanto o prazo ideal indicado para a troca da máquina gira entre 5 e 7 anos, segundo a curva econômica.

De acordo com Nunes, o parque vem sendo renovado num patamar interessante, mas em 2013 esse processo acelerou bastante. “Acreditamos em patamares bons também para 2014”, afirma o executivo da Massey Ferguson, salientando que o Brasil hoje é o segundo mercado em colheitadeiras, atrás apenas dos Estados Unidos, já tendo passado a Europa. “E apesar da renovação que houve em 2013, ainda há potencial grande de renovação do parque de máquinas no País”, frisa.

Ele lembra também que um grande motivador para a aquisição de novas colheitadeiras está na incorporação de novas tecnologias pelos produtores. “A máquina velha não tem a mesma capacidade da nova, a mesma tecnologia disponível. Renovar o parque de colheitadeiras garante, por exemplo, a redução da perda de grãos.”

Em outro mercado importante para a Massey, o de tratores, foi possível verificar no ano passado o aumento da potência dos equipamentos comercializados. O segmento de tratores leves, de baixa potência, principalmente voltados a café e laranja, sofreu por conta do momento ruim dessas culturas.

Por isso, o mercado tem registrado aumento da aquisição de máquinas de 110 cc para cima e estabilidade nas vendas de equipamentos com menos de 110 cc. Para Nunes, isso também ocorre porque há uma transformação no mercado, que busca aumentar o potencial de produção dos equipamentos em operação. “A elevação do tamanho dos tratores ocorre muito em função da falta de disponibilidade de operador. É real a falta de disponibilidade de mão de obra de operadores qualificados para tratores, que são máquinas dotadas de toda uma tecnologia embarcada.”

VALTRA

Outra marca da AGCO, a Valtra também registrou crescimento de vendas em 2013, tanto em tratores como em colheitadeiras. Alexandre Vinícius de Assis, gerente comercial da Valtra, destaca dois fatores como principais motivos do bom desempenho dos negócios no ano passado: os preços das commodities, principalmente em grãos, e a disponibilidade de crédito ao produtor.

Segundo Vinícius, o cenário permitiu que o agricultor investisse na ampliação e modernização de seu parque de máquinas. “Existia uma demanda de máquinas represada na agricultura brasileira, de modo geral.”

A Valtra é líder em tratores para o mercado canavieiro. Condição que consolidou em 2013 com o lançamento da terceira geração da linha BH. “A máquina mudou completamente, trazendo várias inovações e um pacote de atualizações para o produtor”, diz Vinícius. 

O ano passado também marcou a consolidação de uma nova linha de produtos da companhia para o mercado canavieiro – de recolhimento e enfardamento de palha. “Enxergamos esse negócio como uma tendência para o futuro”, diz. As enfardadoras oferecidas pela Valtra hoje ao mercado são da marca Challenger.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor sucroenergético, Vinícius afirma que a aposta do Grupo AGCO em oferecer um pacote completo de soluções para o segmento canavieiro já tem obtido resultados, principalmente com os investimentos feitos na Santal – tradicional fabricante de colhedoras, plantadoras e transbordos para cana e que foi recentemente adquirida pela AGCO. “Em 2013, triplicou o número de colheradas faturadas pela empresa em relação a 2012”, comemora Vinícius.

BOAS PERSPECTIVAS PARA O NOVO ANO - Para 2014, Vinícius prevê outro ano positivo para o segmento de máquinas. Um bom indicador foi o nível do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) para o segmento de máquinas agrícolas divulgado em dezembro. Apesar da elevação da taxa de juros do programa, utilizar do PSI continua bastante competitivo.

Também para Nunes, da Massey, 2014 será outro ano bom para o segmento de máquinas, embora talvez não tenha o mesmo vigor do ano passado. Neste cenário, o setor de grãos promete continuar sendo destaque, principalmente com a possibilidade de uma nova safra recorde de grãos (que pode, segundo alguns analistas, superar em cerca de 3 milhões de toneladas a safra passada). A torcida é para que os preços sejam interessantes para o produtor, encorajando ainda mais novos investimentos.

Já outras culturas importantes, como cana-de-açúcar, café e laranja, que enfrentaram dificuldades em 2013, não deverão ter mudanças agressivas em 2014, na opinião do executivo da Massey Ferguson. “Para essas culturas, enxergamos uma repetição de 2013.”

Especificamente para cana-de-açúcar, Vinícius concorda que 2014 novamente será um ano difícil, com problema de remuneração. “Neste mercado como um todo, esperamos uma ligeira queda neste ano, mas nada significativo. Mesmo assim será um ano bom”, projeta o executivo da Valtra.  “Vemos 2014 com certas limitações ainda para cana-de-açúcar, mas enxergamos um cenário mais positivo para 2015.”

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