Segunda, 21 de Agosto de 2017 - 13h24
Produtores do Matopiba aderem a projeto de agricultura de precisão
Segundo pesquisador da UFBA, monitoramento climático contribui para tomada de decisão de plantio, colheita e comercialização
DATAGRO
Poder planejar a lavoura, o manejo da pastagem, ou o plantio da floresta com maior antecedência e mais assertividade é o que propõe a Climatologia Cíclica de Precisão, ou também conhecida como Geoclima. Foi o que destacou o doutor em Geografia e pesquisador da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Ricardo Reis, em palestra realizada na semana passada no Sindicato Rural de Campo Grande (MS).
Segundo Reis, o Geoclima consiste em um monitoramento do clima em longos períodos. “Utilizar ciclos naturais que possuem tempos de permanência e de retorno em períodos de 11 anos, 1 ano, 30 dias, ou o mais comum, 1 dia. Olhar para o passado, e quando eu digo passado, me refiro a milhares de anos de registros em função das mudanças do clima da terra. Avaliar os períodos cíclicos de permanência e retorno de chuvas, estiagens, e avaliar de que forma isso vai interferir no agronegócio”, explicou o pesquisador.
Segundo Reis, um projeto piloto, implementado há cerca de um ano, na região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), já tem 40 participantes. “São produtores que instalaram em suas áreas equipamentos para monitoramento de eventos meteorológicos e aderiram ao projeto”, disse o pesquisador.
De acordo com Reis, “este é um trabalho feito em parceria com o agricultor e com o pecuarista. Toda vez que chove é preciso que o produtor recolha as informações e lance no sistema. Assim que os números vão para a plataforma, eu analiso os dados, contraponho com outras informações e emito um relatório. Os dados servem, tanto para um registro a longo prazo, quanto para que possamos avaliar a instantaneidade do evento”, ressaltou.
O pesquisador esclareceu que o preço cobrado pelo serviço varia de acordo com o tamanho da área e da adesão ao serviço. “Quanto mais produtores de uma mesma região aderem ao serviço, mais baixo fica o custo, e mais eficiente fica a previsão, por conta do maior número de dados a serem analisados. Os preços podem variar entre R$ 0,65 e R$ 1,40 por hectare. Para grandes áreas são estabelecidos limites para cobrança”, salientou.
“Nossa experiência vai além do planejamento do plantio e da colheita. É possível melhorar resultados na comercialização. Na safra passada, conseguimos prever uma estiagem que afetaria a produção de soja nos Estados Unidos. Recomendamos que os produtores segurassem a venda por mais algumas semanas. O problema na safra americana fez diminuir a demanda de produto e o preço reagiu. Conseguimos um ganho de 5 reais por saca, em função do nosso planejamento”, acentuou.
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