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Segunda, 12 de Maio de 2014 - 08h46

Levantamento apresenta perfil de usuários da agricultura de precisão no Brasil

Pesquisa aponta que esse novo tipo de produtor é jovem e utiliza mais a tecnologia da informação em suas terras

Embrapa

A agricultura de precisão (AP), se ainda não está sendo adotada de forma sistemática em todo o Brasil, também não se pode dizer que é totalmente desconhecida. Os estudos sobre a adoção das tecnologias e os fatores que determinam seu emprego é que são escassos. Contudo, um levantamento traz luz sobre o perfil do usuário da AP no país, ao constatar que ele é jovem, instruído, propenso a utilizar mais tecnologia da informação e cultivador de grandes extensões de terras.

Os resultados da sondagem serão apresentados no dia 15, na Embrapa Instrumentação (São Carlos), durante seminário realizado pela entidade.

Conduzido por pesquisadores da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o levantamento foi realizado com responsáveis de 301 propriedades rurais das principais regiões agrícolas do Brasil, entre 10 de setembro e 13 de novembro de 2012. Questionários foram aplicados durante os seminários sobre Agricultura de Precisão, promovidos pelo Senar.

"Esse estudo desenvolvido pela Embrapa a partir do questionário aplicado durante os nossos seminários é de grande importância para o SENAR. Conhecendo melhor o perfil do produtor rural vamos atender  de fato a demanda do setor. Vamos levar os cursos de capacitação aos produtores realmente interessados em agricultura de precisão", afirma o secretário-executivo do órgão, Daniel Klüppel Carrara.

O levantamento ainda apontou que o produtor rural leva em média quatro anos para adotar a técnica e que os principais produtos agrícolas cultivados com ferramentas de AP são soja e milho, seguidos pelas culturas do trigo e feijão. As propriedades variam de tamanho, de acordo com a região do país, sendo a menor acima de 250 ha no Sul e a maior, acima de 5.500 ha no Nordeste.

Para os organizadores da pesquisa, Ricardo Inamasu (pesquisador da Embrapa Instrumentação e coordenador da Rede de Agricultura de Precisão) e Alberto Bernardi (pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste), ainda que a amostragem possa ser considerada pequena, já traz informações relevantes para a condução de estudos sobre a técnica. O Brasil possui 5.204.130 estabelecimentos rurais, dos quais em torno de 83% (4.367.902 unidades de produção) pertencem à agricultura familiar. Outras pesquisas sobre o assunto foram realizadas anteriormente, mas com foco pontual em determinados estados.

Os dois pesquisadores afirmam que o levantamento mostrou que existe a percepção de que a adoção da AP pode aumentar a produtividade, o retorno econômico, a qualidade do produto e reduzir o impacto ambiental. Embora a sondagem tenha revelado que a AP está sendo empregada por grandes produtores, Inamasu acredita que é um equívoco considerar que o sistema  é destinado só a esse grupo. "A técnica pode ser empregada em pequenas propriedades, porque o produtor pode usar como ferramenta apenas uma prancheta na mão", diz.

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