Agricultura de Precisão aumenta produtividade e reduz impactos ambientais

Desmistificar o conceito da Agricultura de Precisão (AP) em todo o País e divulgar as novas tecnologias. Esse foi objetivo do Seminário sobre o tema no Espaço AgroBrasil, ocorrido em 19 de junho,  no Pier Mauá, um dos espaços oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Três convidados falaram sobre a sua importância para o setor agropecuário e como o uso da agricultura de precisão pode aumentar a produtividade na mesma área, ao mesmo tempo em que diminui os impactos ao meio ambiente: o pós-doutor da Embrapa, Ricardo Inamasu, o professor da Universidade de São Paulo (USP), José Paulo Molin, e o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Telmo Amado.

Inicialmente, a agricultura de precisão era entendida apenas como a adoção de máquinas agrícolas com tecnologias inovadoras, dotadas de receptores GPS e a geração de mapas de produtividade. Os palestrantes pretendem esclarecer, no entanto, que a nova fase da agricultura de precisão já avançou para além dos equipamentos e do seu uso nas culturas de milho e soja. Hoje, a agricultura de precisão pode contribuir com todas as cadeias produtivas do setor agropecuário com medidas de gestão adaptadas à realidade dos produtores rurais, oferecendo ferramentas para a inovação permanente no campo.

Com a agricultura de precisão, o produtor poderá modernizar a gestão de suas atividades, coletando dados e montando seus mapas georreferenciados, para que possa tomar a decisão mais correta sobre como conduzi-las. Baseada na variação espacial e temporal da unidade produtiva, a agricultura de precisão poderá aumentar o retorno econômico dos investimentos e minimizar o efeito da atividade rural sobre o meio ambiente, com a utilização de menos insumos, maior controle sobre o solo, o plantio e a colheita.