Setor sucroenergético assina com o Pronatec e terá qualificação profissional sem custo

Luciana Paiva

Aconteceu ontem, 20, em Ribeirão Preto, SP, o Seminário de Responsabilidade Social Unica, realizado pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar. Um dos principais temas abordado no evento foi o convenio que envolve o setor sucroenergético e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e que possibilita ao setor desfrutar dos benefícios do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.

Representantes de 106 empresas comparecerem ao seminário e ouviram de Maria Luiza Barbosa (Iza), gerente de responsabilidade social corporativa da Unica, informações sobre os benefícios do programa e como as usinas podem acessa-los. Segundo Fernando Lourenço, responsável pelo Pronatec voltado ao setor canavieiro no MDIC, o programa federal abarca 18 diferentes segmentos produtivos. Ao todo, 110 mil vagas já foram demandas nesse programa em 2013, em 17 diferentes estados.  Mas somente o sucroenergético desenvolveu um projeto em sintonia com suas demandas. “Isso foi resultado do empenho da Iza, que há meses se reúne conosco em Brasília, apresentando relatórios completos e atualizados sobre as demandas e características próprias do setor. Com isso, pudemos elaborar um programa personalizado, que vai ao encontro de suas necessidades”, salientou Lourenço.

As usinas que se interessarem a participar do programa, terão os custos com formação cobertos pelo governo federal e os alunos (funcionários ou não da usina), recebem bolsa-formação. A intenção é permitir que essas empresas deixem de investir em capacitação e destinem esses recursos para outras áreas, como em inovações tecnológicas. 

Em São Paulo, a Unica é a responsável pela coordenação, em trabalho desenvolvido por Iza Barbosa. De acordo com ela, as usinas devem propor formação de mão de obra em áreas que são gargalos para as usinas. O Pronatec é voltado a todas as áreas da usina, não só para qualificação agrícola. Nos outros estados, os interessados devem entrar em contato as entidades patronais.

Há cursos com vagas abertas ainda para 2013

Fernando Lourenço salientou que há verba para o desenvolvimento desse projeto e as usinas não podem perder a oportunidade. As unidades do Sistema S (Senai, Senac,Sesi, Senat) são parceiros do programa. Os cursos podem ser realizados, por exemplo, pelas unidades do Senai mais próximas de cada usina. Além de fazer contato com a entidade representativa do Estado, é importante dialogar com o Senai local para ver a disponibilidade local.

A assinatura da parceria setor sucroenergético e governo federal para a realização do Pronatec específico para o segmento acontece em 29 de agosto, mas o programa, em 2013, já teve 10 mil vagas demandadas pelas usinas. Agora, com essa parceria, o objetivo é atingir todas as unidades da federação que têm usinas, devendo ampliar substancialmente o número de vagas já em 2014. Mas, Valdeir Borges, coordenador de atividades técnicas do Senai,  presente ao evento, salientou que para 2013 ainda há disponibilidade imediata para cursos como: soldador, tratorista, caldeiro, eletricista de manutenção automotiva. E que as usinas interessadas devem entrar e contato com o Senai de sua região para saber quais cursos estão abertos.

Para a realização dos cursos é necessário que cada turma seja formada por no mínimo 16 alunos. O questionário para adesão das usinas ao Pronatec é composto por 25 questões, é um processo meio burocrático, mas nada tão difícil que não compense a oportunidade de qualificar mão de obra a custo zero. As usinas receberão informações detalhadas sobre como participar e Fernando e Iza se colocaram à disposição para esclarecer as dúvidas.