Professora da ESPM comenta valores éticos no agronegócio

A professora da ESPM, Ariane Reis, apresentou o painel "Responsabilidade Social no Agronegócio? Sim, é possível!", questionando inicialmente: "Se (ou quando) o capitalismo e este modelo de agronegócio acabar, o que vai substituí-lo?".

Abordando o setor em um contexto mundial, comentou que durante a primeira Revolução Industrial (vapor), o mundo ganhou mais agilidade e menos tempo ocioso em se tratando do processo de produção. A mentalidade da época poderia ser reduzida em algo como - "o melhor para um gera o melhor para todos", segundo ela. A partir da segunda Revolução Industrial (Eletricidade), os ganhos com a exploração do petróleo, o motor, a combustão, a geração de energia através de hidrelétricas foram conhecidos, e o mote foi que "todos podem o melhor, desde que o melhor seja o consumo". Enfim, chegando na Terceira Revolução Industrial (Energia Renovável e Questões Climáticas), entrando na era da informática, robótica, telecomunicações, botecnologia e melhor produtividade, a professora acredita que o pensamento dominante nessa nova fase é de que "o melhor para o mundo ‘natureza’ é o melhor para mim".

Ariane acredita que é preciso sonhar mais. “A responsabilidade individual tem de ser o nosso sonho, e a responsabilidade coletiva tem de condizer com o sonho individual. O entendimento no processo é fator determinante para que as partes - governo, produtor e sociedade - entrem em acordo”, afirma.

No contexto Brasil, apontou as dificuldades na infraestrutura logística, como o armazenamento e o transporte do que é produzido - por exemplo milho e soja. A necessidade de negócios para ampliação do mercado mundial. Programas eficazes na área ambiental - florestas, água, o homem do campo, até chegar ao consumidor.