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Sexta, 21 de Dezembro de 2012 - 07h51

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Agronegócio sustentável se aprende na escola

O Projeto Escola no Campo (PEC) está presente em 185 municípios de 12 estados brasileiros já disseminou o conceito de agricultura sustentável para cerca de 500 mil crianças

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Teatro Escola no Campo - crédito: Divulgação Cotrijal

Adair Sobczack

 

Atingir uma produção que satisfaça a demanda por alimentos, ou mesmo pela tão comentada bioenergia, será um desafio cada vem mais crescente e somente será superado com a adoção da alta tecnologia, porém, de forma racional, respeitando o meio ambiente e as pessoas. E, neste processo, os jovens de hoje, produtores de sucesso do amanhã, serão os atores principais.

No entanto, é preciso investir, desde cedo, em iniciativas que despertem o interesse dos jovens pelo desenvolvimento de uma agricultura sustentável, aliando os processos e tecnologias de produção à preservação dos recursos naturais, pois caberá a eles a missão de alimentar o mundo.

Entre as ações neste sentido que merecem destaque está o Projeto Escola no Campo, PEC, desenvolvido pela Syngenta ainda em 1990, e que hoje está presente em 185 municípios de 12 estados brasileiros. O PEC é voltado a alunos de escolas públicas do ensino fundamental de áreas rurais, e tem como foco, o desenvolvimento crítico de temas ligados à segurança alimentar e saúde, a partir da integração entre tecnologia, recursos naturais e pessoas, sempre focado na sustentabilidade.

Para viabilizar o PEC, os técnicos de vendas da Syngenta articulam parcerias locais com distribuidores, revendedoras e cooperativas e, por meio das secretarias municipais de Educação, prospectam as escolas que serão impactadas, cujos professores recebem formação na área. “É a partir desse ponto que a Fundação Abrinq - Save the Children, atua como treinadora dos professores, passando a acompanhar o desenvolvimento do projeto nas escolas”, afirma Luciano Santos, representante técnico de vendas da Syngenta e um dos organizadores do projeto, desde seu início.

São realizadas diversas atividades com as crianças. Crédito foto: Divulgação Cotrijal

O PEC na Cotrijal

Entre as cooperativas parceiras do PEC, está Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, de Não-Me-Toque, RS, que ingressou no projeto em 2001.

De acordo com o presidente da cooperativa, Nei César Mânica, o projeto já beneficiou cerca de 18 mil estudantes, que tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento sobre a importância de se produzir alimentos com menor impacto sobre o meio ambiente. “É através da educação, da cultura e da geração de conhecimento que vamos melhorar o mundo e todos os jovens e crianças que já participaram pelo projeto são vencedores”, destacou.

De acordo com a Syngenta, cerca de 500 mil crianças já foram assistidas pelo PEC no Brasil em suas duas décadas de existência, sendo que, a Cotrijal é uma das parceiras mais importantes do trabalho. “Temos construído o PEC com uma série de parceiros de competências variadas, que se mostram profundamente engajados com as suas propostas. É dessa forma que, além de longevidade, ele tem se destacado também por sua eficiência”, revela Lydia Damian, gerente de Relações Institucionais da Syngenta.

Além de profissionais da Syngenta e da Cotrijal, que envolve seus cooperados, o PEC é realizado por professores, coordenadores pedagógicos, diretores de escolas e representantes das secretarias municipais e estaduais de Educação.

Em 2009, o projeto passou a contar com a Fundação Abrinq - Save the Children, que garante suporte técnico e pedagógico, atualização de materiais didáticos, formação de professores e acompanhamento dos planos de execução e de avaliação.

Teoria e prática

Enio Schroeder, gerente de Comunicação e Cooperativismo da Cotrijal, explica que o projeto envolve, anualmente, cerca de 1,7 mil estudantes de 5ª e 6ª séries de áreas rurais e urbanas, distribuídos em 13 municípios da região. “O objetivos, é ressaltar a importância da preservação do meio ambiente, informar que menores de 18 anos não devem manusear defensivos agrícolas, demonstrar a importância da produção de alimentos saudáveis e, através das crianças, sensibilizar os pais quanto ao uso correto de defensivos agrícolas”, aponta.

Durante as aulas, são utilizados jogos, cartazes e uma cartilha especialmente elaborada para as atividades, tudo sob orientação dos professores, que passam aos alunos a importância do uso correto e seguro dos agrotóxicos, visando à saúde dos seus usuários e a proteção do meio ambiente. “A cartilha mostra desde a evolução do homem e sua relação com o meio ambiente, o aumento das áreas agrícolas e das pragas e a necessidade do produtor controlar essas pragas para sobreviver”, diz Schroeder.

Também há premiações como incentivo. Crédito foto: Divulgação Cotrijal

Após os estudos em sala de aula, os alunos seguem a campo, como a missão de entrevistar agricultores, que podem ser seus pais, vizinhos ou amigos. “Nestas conversas, é distribuído um material informativo sobre os principais cuidados a serem tomados no manuseio, aplicação, transporte e armazenagem de defensivos agrícolas”, aponta Schroeder, comentando que, as crianças das cidades envolvidas no projeto, passam a ter outra visão do campo e também maior conscientização ambiental.

Na opinião de Schroeder, a criança que participa do PEC será um produtor muito mais consciente sobre a adoção correta dos produtos químicos frente aquela que não participou.

“Quando a agricultura se projetou, na época dos avós e pais dessas crianças, não havia informação sobre a adoção de produtos químicos e muitos foram os reflexos negativos disso ao meio ambiente e à própria saúdes daqueles produtores. Se continuasse como era antigamente, hoje, não teríamos mais agricultura, apenas solos degradados e rios assoreados”, observa Schroeder. Por isso, segundo ele, que a educação é fundamental. “O resultado é fantástico e tudo com pouco investimento. Bastam projetos inovadores, como o da Syngenta, e força de vontade”, afirma.

Durante as formaturas das turmas, os alunos que mais se destacam, além dos professores, secretários e coordenadores, recebem prêmios pelo empenho e dedicação.

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