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Terça, 09 de Abril de 2013 - 08h33

Animais para passeio aquecem mercado de cavalos

Comercialização de equinos já ultrapassa a marca de R$ 7,5 bilhões por ano no Brasil

Folha Web

Da pista de julgamento e provas equestres para um balcão de negócios movimentado. O mercado de cavalos não está mais restrito a competições e esportes e já atrai muitas pessoas para a criação voltada também aos animais de passeio. Novas raças, antes desconhecidas, ganham espaço e encantam inclusive o um público que não está diretamente envolvido com o meio rural. De acordo com informações da Universidade do Cavalo, em Sorocaba (SP), primeiro centro da América Latina especializado na formação, desenvolvimento e informação para a equinocultura, o mercado no Brasil já ultrapassa a marca de R$ 7,5 bilhões por ano.

O diretor de equinocultura da Sociedade Rural do Paraná (SRP), José Henrique Cavicchioli, comenta que, atualmente, diversos empresários, industriais e entusiastas de outros setores acabam investindo no segmento. "Além disso, os animais de esporte estão com preços bastante elevados. Sobressaem-se aqueles cavalos com bom desempenho em competições e genética trabalhada."

No haras de Cassiano Terra Simão, criador da raça Mangalarga em São José dos Campos (SP), são ao todo 60 animais entre potros, receptores e doadores genéticos. Ele explica que sempre foi criador de nelores, mas é apaixonado por cavalos. Há dois anos ele começou a criar a raça "profissionalmente", apostando no mercado de animais para passeio e utilização no campo, e não apenas julgamentos.

"O Mangalarga une essas características de passeio, além de uma beleza racial incrível. Acho que este é o futuro do mercado no País. O Mangalarga é um cavalo da família, para o usuário, com maciez na cavalgada. Nos Estados Unidos, por exemplo, vemos que o cavalo que fica apenas na pista não vai pra frente", ressalta Simão, que trouxe para a ExpoLondrina 2013 oito animais que estão participando de julgamentos.

Segundo Simão, para que a raça continue firme no mercado, é preciso ganhar volume e atingir diversos públicos, chegando na ponta da cadeia. O criador explica que no momento está trabalhando apenas com a comercialização da "barriga", ou seja, apenas o ventre das éguas com boa genética para a reprodução. "Adquiri excelentes matrizes e estou formando um plantel pensando no futuro. Acredito que hoje o mercado está bem aquecido, absorvendo compradores desde 'barriga', embriões, potros e animais domados", explica. "Hoje, um animal top não tem preço limite. Você vai ter que pagar o que o criador quer, caso contrário, não há negócio", complementa.

No caso dos animais para os esportes equestres, o mercado ainda está mais acirrado e supervalorizado. Chafik Simão Jr. é criador em Campo Mourão da raça Quarto de Milha, uma das principais nas provas de pista, como laço, tambor e baliza. Ele explica que hoje os compradores estão muito seletivos. "O cavalo que é bom, competitivo, vale muito, já o que é mediano não está valendo quase nada. Antigamente tudo era absorvido, agora estão separando o joio do trigo", explica.

Simão Jr. comenta ainda que um cavalo bom, mesmo que não seja recordista, pode atingir valores que giram entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. Recentemente, uma égua campeã foi comercializada num leilão a R$ 900 mil. "Para galgar espaço no mercado são dois fatores: genética e um bom treinador, que precisa ter um cavalo de primeira para ser um campeão. Por outro lado, um treinador mediano não consegue fazer um cavalo bom geneticamente evoluir ao seu máximo", salienta o criador.

Victor Lopes
Reportagem Local

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