Quinta, 23 de Agosto de 2012 - 20h40
Qualidade de vida e sustentabilidade: faces da mesma moeda
Fazer o que a gente gosta faz parte do conceito de qualidade de vida
Revista Cana substantivo feminino
* Fabiane Maria Zat
Vivenciamos um contexto social cada vez mais globalizado, integrado e interconectado, chegamos ao limite da disponibilidade de uso dos recursos naturais. Priorizar o coletivo, em detrimento dos interesses particulares, passa a ser uma necessidade de “sobrevivência”, tanto no que se refere aos interesses de grupos corporativos ou das questões sociais, relacionadas principalmente com as condições de vida e de qualidade de vida, pois quanto mais discrepantes forem as desigualdades socioeconômicas entre as pessoas, maiores serão os problemas sociais enfrentados por todos.
As mudanças ocorridas no cenário global interferem diretamente na forma e na condição de vida e de trabalho das pessoas, diferentes demandas surgem a cada momento e a maneira como cada um lida com tudo isso, associada à capacidade de resiliência, irão influenciar a qualidade de vida. A expressão qualidade de vida vem sendo amplamente difundida, sendo associada principalmente a produtos e bens, mas é importante uma discussão mais aprofundada a respeito, devido a sua ampla abrangência. O termo qualidade de vida surgiu antes de Aristóteles, sendo inicialmente associada a “felicidade” e a “virtude”, as quais quando alcançadas, proporcionavam às pessoas “boa vida”, bem como, também era veiculada ao bem-estar, aspiração e satisfação.
O entendimento de qualidade de vida é eminentemente humano, pois implica o nível de satisfação das pessoas em relação a sua vida familiar, amorosa, social e ambiental. A qualidade de vida é influenciada por inúmeros fatores, como alimentação, moradia, saneamento básico, transporte, lazer, autonomia financeira, satisfação/realização profissional, vida sexual e amorosa, relacionamentos com outras pessoas, entre outros.
“As ações sustentáveis reduzem consumo e desperdício de recursos, o que gera redução de custo”
Promover a educação para a qualidade de vida é uma responsabilidade conjunta, das pessoas em relação às suas famílias, do poder público e privado, com ações e programas que incentivem, orientem, eduquem e dêem condições para a adoção de um estilo de vida saudável. Todo este arcabouço de necessidades precisa estar atrelado a medidas de sustentabilidade, pois os fatores mais determinantes para a condição de vida e sobrevivência de todas as espécies estão relacionados às condições do ambiente e meio-ambiente, como disponibilidade de água, alimentos, condições climáticas, qualidade do solo (especialmente para a produção de alimentos), do ar, temperatura, entre tantos outros. O conjunto de práticas que vêm sendo tomadas devem ser intensificadas e adotadas por cada ser humano, reduzindo consumo, desperdício e reutilizando ao máximo todos os recursos que dispõem, interferindo o mínimo possível no meio-ambiente.
“Investir em educação e melhoria das condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores traz ganhos à empresa”
Como as empresas agregam grande número de pessoas, envolvendo os públicos interno e externo, além da significativa interferência no ambiente, devem adotar como medida de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) ações que visam a minimizar o impacto ambiental de sua atividade e o aproveitamento correto dos recursos que dispõem e/ou necessitam. Bem como, investir em medidas educativas para estimular/conscientizar funcionários, clientes e sociedade em geral a adotarem ações sustentáveis. O conjunto de medidas certamente irá interferir positivamente nas condições de vida, trabalho e qualidade de vida.
Ao adotarem ações sustentáveis e socioeducativas, as empresas reduzem consumo e desperdício de recursos, o que gera redução de custo. Investir em educação e melhoria das condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores, além da identificação e resolução/amenização das causas de adoecimento, são formas de reduzir custos gerados pelos altos índices de absenteísmo e ações trabalhistas, bem como produzem inúmeros benefícios indiretos, tais como maior satisfação e condições produtivas.
As boas práticas aliadas as ações de sensibilização e de conscientização são requisitos básicos para o desenvolvimento de uma sociedade que preserva ao máximo os recursos ambientais, promove a melhoria das condições de qualidade de vida das pessoas e a solidez das organizações. Mais do que uma “visão/ação politicamente correta”, acredito ser uma “visão/ação politicamente necessária”.
FABIANE MARIA ZAT - Graduada em Educação Física, Especialista em Atividade Física e Qualidade de Vida, Especialista em Ergonomia, Mestre em Psicologia.
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fabiane.zat@multitraining.com.br
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