Piscicultura ganha destaque na Fafecs

Carine Massierer 

De acordo com o agrônomo da Emater/RS-Ascar, a piscicultura baseada no policultivo de carpas orgânico é uma criação que não depende de ração, pois o criador utiliza os insumos de dentro da propriedade, por isto tem baixo custo. A quantidade de alevinos a ser colocada no açude depende da área disponível. No sistema de criação “policultivo de carpas orgânico” é recomendada a utilização de um peixe para cada 4 m² de açude.

Outro fato muito importante, ressaltado por Leitzke, é a distribuição da quantidade de alevinos entre as diversas espécies de carpas em relação ao seu hábito alimentar. Em outras palavras, é necessário dividir o número de animais em função da produção de alimentos naturais do açude. Recomenda-se uma proporção de 35% de carpas húngaras, 35% de carpas capim, 15% de carpas prateada e 15% de carpas cabeça grande.

Esta atividade pode trazer uma renda extra na hora da venda dos peixes, na Semana Santa, para os vizinhos ou nas feiras municipais, mas, principalmente, oferece a família mais uma opção alimentar saudável para a variação no cardápio diário.

VISITAÇÃO - Nesta quinta-feira (11/10), estiveram visitando a Fafecs agricultores de Barão do Triunfo e São Jerônimo. Na sexta-feira (12/10), participarão produtores de Dom Feliciano e Barão do Triunfo. No sábado (13/10), Camaquã e Cerro Grande do Sul. Já no domingo (14/10), visitantes de Camaquã e Cerro Grande do Sul estarão na feira. Estas excursões estão inseridas na segunda etapa da Chamada Pública para a diversificação do tabaco, da qual a Emater/RS-Ascar é a entidade executora.

Também esteve conhecendo a Fafecs, o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, que ficou empolgado com a variedade de sistemas de criação e cultivo instalados na feira, para a diversificação no meio rural, e que estão sendo levados ao conhecimento dos agricultores. “As cadeias produtivas completas estão sendo demonstradas, assim como o ciclo das culturas e criações. Assim, os agricultores podem ver a funcionalidade de diversos sistemas do ponto de vista da produção, da segurança alimentar, da agregação de valor e da comercialização. Há também a preocupação com relação à organização da propriedade da porteira para fora, como é o caso do cooperativismo”, avaliou.