Sexta, 07 de Junho de 2013 - 12h22
Diversificação de renda em propriedades leiteiras com a produção florestal em sistemas de iLPF
O objetivo é aproveitar as interações ecológicas entre as árvores, os animais e os cultivos agrícolas
Jornal Eletrônico do Projeto iLPF
Os sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) são sistemas de uso da terra em que atividades agrícolas, pecuárias e silviculturais são combinadas no mesmo espaço e no tempo. O objetivo é aproveitar as interações ecológicas entre as árvores, os animais e os cultivos agrícolas no sentido de aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, proteger o solo, conservar a água, aumentar a ciclagem de nutrientes e proporcionar conforto térmico para os animais. Esta integração promove, além da diversificação das atividades, redução de custos e aumento na produtividade e, consequentemente, aumento da renda na propriedade. Neste caso, o componente florestal funciona como uma espécie de “poupança verde”, fornecendo produtos tais como: madeira (mourões, lenha, estacas, postes, toras, etc.) e frutos.
Um estudo da Embrapa Gado de Leite (Müller et al., 2011) em um sistema com 10 anos de idade demonstra que a integração de atividades proporciona redução no risco do empreendimento em função da diversificação das atividades.
Outro exemplo é o da propriedade Sítio Valão, localizado no município de Mar de Espanha, Minas Gerais, onde desde 2008 o sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta vem sendo adotado. A primeira área implantada em 2008/2009 de 1,5 hectare foi explorada em 2012, fornecendo 55 esteres de lenha e 300 estacas de mourão, além de caibros utilizados na restauração de um galpão na propriedade. A densidade inicial de plantas neste sistema foi de 416 pl/ha, em um arranjo em fileiras duplas com espaçamento de 21 metros entre faixas. Nestas áreas, entre as faixas de árvores, foi cultivada lavoura de milho para silagem plantada simultaneamente à Brachiaria brizantha durante os 4 anos de rotação do sistema.
Outro exemplo fica em Coronel Pacheco, Minas Gerais, próximo ao Campo Experimental José Henrique Bruschi, da Embrapa Gado de Leite. Nesta propriedade, são estudados vários espaçamentos diferentes, bem como materiais genéticos diversos. O sistema silvipastoril com eucalipto e braquiária vem sendo adotado desde 2007 e atualmente são 90 hectares cultivados. Em 2010, foi realizado o primeiro desbaste em uma área de 30 hectares, com a remoção de 50% das árvores. O espaçamento inicial foi de 15 x 3 x 2 metros, totalizando 555 pl/ha. A produção total de madeira foi de 55 st/ha aos 3,5 anos de idade. Foram produzidos toretes de madeira com diâmetro entre 05 e 20 cm, destinados à fabricação de móveis (enchimento), para o mercado local.
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