As temperaturas mais baixas devem se prolongar até setembro, a chuva fica dentro da média no Sudeste

Por: Aline Cardoso

Horário em que o Hemisfério Sul recebe a menor quantidade de energia solar e marca o dia mais curto do ano, chamado de solstício de inverno. Segundo o climatologista da Somar Meteorologia, Paulo Etchichury, não temos a influência de nenhum fenômeno climático (El Ninõ e La Ninã), o oceano Pacífico Equatorial apresenta águas próximas da média para essa época do ano e assim deve permanecer pelo menos até o final de 2013. 

Uma das características da próxima estação será a variabilidade e a alternância do clima, já que a cada semana (6 a 8 dias) chega uma frente fria e provoca mudanças no tempo, com a variação de nebulosidade, chuvas e oscilação na temperatura. O climatologista afirma que em relação à chuva, este não será um dos invernos mais secos. Este ano será semelhante ao passado, quando choveu em junho e julho, e o mês de agosto foi seco. A previsão indica acumulado mensal que varia entre 40 a 80mm. Lembrando que neste mês de junho, o volume já alcançou os 41mm, causados por três episódios de frentes frias que atingiram a região da Capital.

Temperaturas ficam dentro da média

Em relação à temperatura, devemos esperar um padrão em torno da média, com algumas ondas de frio, porém sem previsão de frio extremo e duradouro. “Na realidade vamos ter alternância de alguns períodos (3 a 4 dias) com sensação de frio e alguns períodos com temperatura mais amenas” - comenta Etchichury. Este inverno será um pouco mais frio em comparação com o ano passado, pois as temperaturas mais baixas devem se prolongar até setembro. Vale lembrar que em 2012, a temperatura ficou acima da média todos os meses, ou seja, foi mais quente. De acordo com a Somar Meteorologia, a temperatura mínima (ocorre de madrugada) deve oscilar entre 12ºC (períodos mais frios) a 16ºC em média e a temperatura máxima (ocorre no período da tarde) varia entre 20ºC a 24ºC.

A principal consequência do INVERNO 2013 deve ser sentida na qualidade do ar que respiramos. “Já que a variabilidade e a chegada de frente frias a cada 6/8 dias, mesmo que não cause muita chuva, já ajuda a dispersar os poluentes” - completa Paulo Etchichury.