Pesquisadores realizam trabalho de preservação de onças pardas em SC

Uma família de pumas está sendo monitorada por satélite no Parque Nacional de Itajaí, em Santa Catarina. O objetivo do trabalho desenvolvido com os animais, conhecidos também como onças pardas, é a conservação da espécie.

O Betão é o primeiro puma ou onça parda a ser capturado e vigiado na Mata Atlântica do Sul do Brasil. O animal faz parte do estudo do Projeto Carnívoros, do Instituto Caeté-Açu. O monitoramento ajudará pesquisadores e ambientalistas a identificar quais áreas do parque são mais importantes para preservação.

Os pesquisadores ficaram 12 dias acampados na esperança de capturar o animal e conseguiram realizar o objetivo no dia 13 de dezembro. Foram coletadas fezes do animal, que mostraram como o estado do Betão.

O puma recebeu um colar programado para registrar a localização do animal a cada quatro horas e emitir sinais via satélite. Os dados estão disponíveis aos integrantes da pesquisa numa página da internet.

O Betão pode caminhar por 57 mil hectares do Parque Nacional da Serra do Itajaí. Em Novembro, outro puma foi visto andando pela entrada do parque. O problema é que os pesquisadores do projeto não sabem quantos animais existem na região. Para isso, o projeto necessita de mais apoio para continuar.

O Projeto Carnívoros recebia o apoio de uma empresa paranaense, mas a ajuda financeira chegou ao fim. Ainda restam quatro colares para serem colocados em outros pumas. Por isso, a equipe volta a campo em julho de 2013. A boa notícia é que o Betão é um puma novo na área, ou seja, o número na população desse tipo de felino está aumentando. Esse é o resultado da fiscalização constante no parque, o que causou redução na quantidade de caçadores.

O Betão ficará 52 semanas com o colar magnético de monitoramento. Ao final do tempo, o acessório está programado para se soltar automaticamente.