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Sexta, 22 de Setembro de 2017 - 13h11

Diretores da Embrapa defendem subsidiária para comercializar tecnologia

Segundo a CNA, criação da EmbrapaTec se arrasta desde 2004, prejudicando assim a disseminação de novos produtos junto ao agricultor

DATAGRO

Dirigentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) defenderam na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (21) proposta do Executivo para criação da EmbrapaTec (PL 5243/16). A subsidiária teria como papel negociar e comercializar tecnologias, produtos e serviços desenvolvidos pela Embrapa ou por outra instituição científica, tecnológica e de inovação.

No entanto, de acordo com nota da “Agência Câmara Notícias”, pesquisadores temem que a iniciativa privada possa guiar os rumos da pesquisa e privilegiar grandes produtores. Para o chefe-substituto da Secretaria de Negócios da Embrapa, Raul Rosinha, muitas pesquisas só conseguirão sair das prateleiras dos laboratórios para chegar ao campo com parcerias. “Esses parceiros é que vão ajudar a transformar esses ativos naquilo que efetivamente o mercado quer, o agricultor quer, o produtor quer.”

A ideia da EmbrapaTec está em estudo desde 2004 e chegou a ser analisada em projeto no Senado, que acabou arquivado ao final da última legislatura, segundo Rosinha. Em maio de 2016, novo texto foi encaminhado pelo Executivo. O dirigente disse ainda que o modelo é semelhante ao adotado em países como Argentina, Austrália e França.

O chefe da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Morandi, afirmou que a estatal não tem em seu quadro profissionais capazes de fazer negociações comerciais de forma eficiente. “A Embrapa tem excelentes laboratórios e pesquisadores. Entretanto, isso só chega ao pequeno e grande produtor se eu tiver uma empresa que vá disponibilizar esse produto”, afirmou. Segundo o consultor de Tecnologia da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, esse braço da Embrapa já deveria estar funcionando há muito tempo. “A marca Embrapa hoje é subutilizada no que diz respeito à colocação de produtos no mercado. Um produto com essa chancela não tem rejeição.”

Por sua vez, par Mário Urchei, pesquisador da estatal, a EmbrapaTec criará a lógica de priorizar o mercado agrícola, e grandes empresas pautarão os interesses da estatal. “Uma empresa de caráter público como a Embrapa precisa priorizar o investimento de seus recursos visando ao desenvolvimento dos setores menos favorecidos da sociedade”, disse.

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