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Terça, 01 de Outubro de 2013 - 10h14

Sorgo desponta como alternativa para dietas sem glúten

Atualmente o sorgo também tem sido reconhecido como rico em compostos bioativos, ou seja, capazes de afetar significativamente a saúde humana

Embrapa

No Brasil, seu potencial na alimentação humana ainda é desconhecido. Quem já ouviu dizer que o sorgo pode substituir o milho ou o trigo na maioria das receitas? Nichos específicos de consumidores – os celíacos, por exemplo – apostam no preparo de produtos feitos à base do sorgo pela ausência do glúten nesse cereal, proteína que pode desencadear intolerância ou reações alérgicas nessas pessoas. Atualmente o sorgo também tem sido reconhecido como rico em compostos bioativos, ou seja, capazes de afetar significativamente a saúde humana.

Em outras partes do mundo, particularmente na Ásia e na África, o cereal é parte da dieta alimentar. Segundo a pesquisadora Valéria Aparecida Vieira Queiroz, da área de Nutrição e Segurança Alimentar da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), mais de 500 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento dependem do sorgo como principal fonte de energia. Esse cereal é usado em diferentes preparações incluindo pães, mingaus, cuscuz e tortilhas.

Doença celíaca atinge mais de 1% da população mundial

A doença celíaca atinge entre 1% e 2% da população mundial. Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos no Brasil, somente no nosso país cerca de duas milhões de pessoas são celíacas, mas muitas não apresentam sintomas graves ou ainda não foram diagnosticadas. A doença afeta o intestino delgado e interfere na absorção de nutrientes essenciais ao organismo, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, sais minerais e água. O único tratamento é a dieta isenta de glúten por toda a vida, já que essa substância agride o sistema digestivo, impedindo a absorção de nutrientes vitais.

A solução para essas pessoas é somente consumir alimentos sem glúten, uma batalha diária na vida dos celíacos. Após o diagnóstico – muitas vezes difícil e confundido com uma série de outros distúrbios – o celíaco deve comprar alimentos em padarias ou supermercados que tenham local separado para produção de alimentos sem glúten. Imagina que dificuldade no dia-a-dia? Até luvas cirúrgicas, preservativos e alguns medicamentos podem ter a farinha de trigo em sua composição. E sem falar na contaminação dos utensílios com glúten, que pode desencadear o surgimento dos sintomas em alguém que tenha a doença celíaca e consumiu determinado alimento que até então era isento.

Simpósio em outubro debaterá o assunto

Nesse contexto, a Embrapa realizará entre os dias 29 e 31 de outubro, em Sete Lagoas, região Central de Minas Gerais, o primeiro simpósio sobre o uso do sorgo na alimentação humana. O evento é direcionado aos principais atores do processo de geração, pesquisa e transferência de tecnologia ligados à produção, comercialização e utilização dos grãos de sorgo, como pesquisadores, estudantes, produtores de sementes e de grãos, empresários de indústrias de alimentos e comerciantes de produtos sem glúten.

“Nosso principal objetivo é avaliar o processo e os potenciais impactos da inserção e adoção do uso do sorgo na alimentação humana, bem como propor estratégias que possam subsidiar decisões nos diversos níveis organizacionais”, relata a pesquisadora Valéria Queiroz, da comissão organizadora do evento. Abaixo, conheça os objetivos do simpósio e a metodologia. A programação será disponibilizada em breve no site www.cnpms.embrapa.br .

Objetivos específicos 

- Analisar os aspectos estratégicos, econômicos, tecnológicos e sociais da utilização dos grãos de sorgo na alimentação humana no Brasil;

- Integrar os principais atores do processo ligados à pesquisa, produção, comercialização e utilização dos grãos de sorgo como pesquisadores, estudantes, produtores de sementes e de grãos, empresários de indústrias de alimentos e comerciantes de produtos sem glúten.

- Discutir os principais resultados alcançados nos trabalhos realizados no tema até o momento;

- Avaliar os desafios relacionados à logística para adoção da prática e propor melhorias para o atual sistema;

- Analisar estratégias para garantir a disponibilidade do cereal no mercado, para uso na alimentação humana;

- Definir grupos de estudos para dar continuidade aos próximos trabalhos;

- Gerar e publicar um documento orientador, com base científica, baseado nos resultados do evento.

Metodologia

Serão realizadas palestras por pesquisadores com expertise na área, além de painéis com apresentação dos principais resultados das últimas pesquisas. Adicionalmente, serão realizadas discussões sobre os assuntos abordados em cada painel e levantadas as principais demandas do tema. Ao final, a plateia será estimulada a se dividir em grupos para discussão das demandas e, um documento orientador, com base científica, baseado nos resultados do evento será redigido e, posteriormente, distribuído a todos os participantes do evento com cópia enviada para a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais).

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