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Quarta, 14 de Dezembro de 2016 - 08h17

Em dez anos, aquicultura brasileira cresce 123%, diz estudo

Produção de pescado passou de 257 mil para 574 mil toneladas no período

Uagro com informações do Mapa

Chegada de novas empresas, rápida profissionalização e intensificação tecnológica foram alguns dos fatores observados na aquicultura brasileira, que teve crescimento de 123% entre 2005 e 2015, passando de 257 mil para 574 mil toneladas de pescado nesse período. É o que mostra estudo realizado pelos pesquisadores Manoel Pedroza, Andrea Muñoz, Roberto Flores e Eric Routledge, da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO), e apresentado na conferência deste ano do International Institute of Fisheries Economics and Trade (IIFET), em Aberdeen, Escócia.

Investimento em tecnologia e rápida profissionalização impulsionaram atividade aquícola em dez anos

O trabalho chama a atenção porque o setor, dedicado à produção de seres aquáticos como peixes e crustáceos, costumava ser caracterizado no Brasil por empreendimentos de pequeno porte, sistemas extensivos de produção e baixo nível tecnológico, com exceção da produção de camarões no Nordeste, a carcinicultura.

Pedroza associa essas mudanças ao aumento da demanda por pescado no mercado nacional, que registrou taxas de crescimento anuais superiores a 10% no mesmo período. No entanto, o estudo detectou que a recente crise econômica nacional também repercutiu no crescimento do setor em 2015, o qual cresceu apenas 2% com relação a 2014, passando de 563 mil para 574 mil toneladas.

O bom desempenho da aquicultura brasileira despertou o interesse de importantes instituições financeiras como o banco holandês Rabobank, maior financiador mundial do setor agrícola. A instituição holandesa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) consideram o Brasil um importante ator da aquicultura mundial, situando-o em patamar semelhante ao de países com tradição no setor como Chile, Vietnã e Noruega. Atualmente, o Brasil registra a 14ª maior produção aquícola do mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Fome (FAO).

Investimentos

Os pesquisadores registraram a entrada de empreendimentos privados de maior porte na cadeia brasileira da aquicultura. O município de Selvíria, em Mato Grosso do Sul, recebeu um investimento de R$ 160 milhões em um complexo que incluiu fábrica de ração, alevinagem, engorda e processamento de tilápia. 

Em Tocantinópolis (TO), houve construção de fábrica de ração e viveiros de engorda para a cadeia de tambaqui e pintado, mesmas espécies produzidas em Sorriso (MT), onde foram investidos R$ 22 milhões para a instalação de frigorífico e fábrica de ração para peixes. A cidade de Almas, no Tocantins, já conhecida como polo aquícola do estado, recebeu instalações para engorda e processamento de tambaqui, pintado, matrinxã, piau, curimba e pirarucu.

Pedroza destacou também a recente fusão de duas grandes empresas brasileiras de processamento de pescado, a Geneseas e a DellMare. Anunciada no último dia 18 de novembro, a nova companhia é vinculada a um fundo de investimento focado no agronegócio e produzirá 12 mil toneladas de tilápia por ano e três mil toneladas de camarão vannamei (Litopenaeus vannamei). "Esse é mais um sinal da força e maturidade desse setor no Brasil, que começa a contar com grandes players, a exemplo do que já ocorre com a cadeia produtiva da avicultura", compara o especialista.

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