Segunda, 01 de Julho de 2013 - 15h42
Mormo: criadores de cavalo em alerta
Casos da doença em algumas regiões do país, “acende luz amarela” no setor. Em Mato Grosso, ficalização foi intensificada na entrada de animais
Gazeta Digital
Criadores de cavalos de todo o Brasil estão em estado de alerta, isso porque foram confirmados casos de mormo no Ceará e em Araçariguama, no interior de São Paulo, além de duas suspeitas em Avaré (SP), sendo que outro possível foco ainda está em análise em Pará de Minas (MG). A doença é perigosa para equinos, asininos, muares e para o homem, por se tratar de uma zoonose, que integra o plano nacional de erradicação epizootias, coordenado pelo próprio Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA), com apoio das Secretarias Estaduais de Agricultura. O mormo é transmitido pela bactéria Burkholderia mallei, não possui tratamento ou cura, podendo gerar grandes impactos econômicos.
De acordo com a coordenadora do controle de doenças animais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea MT), Daniela Bueno, não há registros dessa doença no Estado, mas depois desses casos foi intensificada a fiscalização da entrada de equinos, asininos, muares provenientes destes estados em Mato Grosso. Segundo a coordenadora, se não houver a Guias de Trânsito Animal (GTA) atualizada não é permitida a entrada de nenhum animal em nenhuma circunstância.
Conforme o médico veterinário Ricardo Figueiredo, que assiste a Associação Brasileira dos Criadores
de Cavalo Campolina (ABCCCampolina), a doença não tem vacinação e os animais acometidos devem ser sacrificados, como prevê a legislação. A única forma de prevenção é evitar o contato entre animais sadios e doentes ou com aqueles que apresentem sintomas semelhantes. Além disso, em caso de suspeita de foco, o local onde está o animal é interditado para quarentena e o trânsito de animais fica suspendido, com a formação de corredores sanitários, assim como acontece com a febre aftosa em bovinos.
A doença se manifesta sob três formas e, normalmente, os muares e asininos são acometidos na forma aguda, enquanto os cavalos, na forma crônica. Na forma nasal, os animais apresentam febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas, podendo ocorrer úlceras e nódulos nos membros e abdome. A forma pulmonar, mais comum nos cavalos, pode causar uma pneumonia crônica acompanhada de úlceras na pele dos membros e na mucosa nasal. A forma cutânea se apresenta sob a forma de nódulos e úlceras na região interna dos membros com presença ou não de secreção amarelada escura.
A transmissão dá-se por meio do contato com secreções de animais doentes, especialmente a nasal e o pus dos abscessos, que contaminam o ambiente e, principalmente, comedouros e bebedouros. A bactéria também pode penetrar a pele e mucosas, necessitando de cuidados especiais com esporas, freios e arreios.
As medidas de controle e erradicação envolvem: sacrifício dos animais positivos às provas de diagnóstico; enterro ou incineração dos cadáveres; desinfecção das instalações e de todo material que esteve em contato com os animais doentes; interdição da propriedade e saneamento do foco; notificação obrigatória de qualquer suspeita ao serviço de defesa sanitária animal do Estado.
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