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Quarta, 15 de Agosto de 2012 - 06h19

E viva o Rio Grande, tchê!

A importância do Rio Grande do Sul para o agronegócio brasileiro

Universoagro

Como o chimarrão, a agropecuária corre no sangue do gaúcho

Adair Sobcsak

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”, diz o hino rio-grandense. E não há frase melhor que esta para resumir a cultura e tradição de um povo que, de lança na mão, defendeu suas terras e o direito de um estado livre. Terras, onde em meio a inúmeras batalhas surgiu a pecuária, com suas charqueadas, e que deram início ao desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Sul.

O contexto histórico forjou um estado pecuarista por tradição, atividade que suplantou séculos e que hoje faz do Rio Grande do Sul uma matriz em genética animal. Entretanto, no início da década de 1940, podemos dizer que o estado entrou em um novo ciclo agroeconômico graças à soja, oleaginosa que se espalhou pela região centro-norte do estado e que mais tarde, nas mãos dos gaúchos, se alastrou Brasil adentro.

O avanço da agricultura, aliado à façanha gaúcha e ao conhecimento metal mecânico dos imigrantes, fez nascer inúmeras indústrias de máquinas e implementos agrícolas, o que alavancou a produção de grãos e chegou, inclusive, a tornar o estado o celeiro do Brasil.

Graças à bravura, hoje, o gaúcho está presente em todas as regiões do Brasil, e a indústria de máquinas e implementos agrícolas, nos quatro cantos do mundo.  

Pedro Luís Büttenbender, pró-reitor e professor da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Unijuí – Campus Santa Rosa –, explica que a cultura gaúcha, em sua concepção antropológica, deve ser entendida como uma nova cultura; uma cultura específica, fruto e resultado da mescla combinação de diferentes etnias. “Desde a colonização luso-ibérica (português-espanhola), combinada com os nativos indígenas guaranis, teve nas diversas experiências da trajetória evolutiva, agregados para a formação de uma cultura desbravadora” revela.

Também presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento Fronteira Noroeste, COREDE/FN, Büttenbende, comenta que a experiência única das reduções jesuítico-guaranís, que se deu na dimensão envolvendo o Brasil, Argentina e Paraguai, combinada com o processo de imigração de alemães, italianos, poloneses, russos e outros, gerou um ambiente ambíguo, entre a metade sul e a norte do estado. “A metade sul, que se manteve refém de um modelo extrativista, extensiva, e balizada principalmente pela antiga oligarquia rural, foi contraposta pela metade norte, com um incremento rápido de produção e de desenvolvimento”, aponta.

A combinação destas culturas, segundo Büttenbender, alimentada por características dos imigrantes europeus após os séculos XVIII e XIX, resultou na conformação de um povo empreendedor e desbravador, voltado ao trabalho, à inovação e ao desenvolvimento. “Sustentado em valores de ajuda mútua, como solidariedade e cooperação, deram forma a reprodução de suas características ‘mater’, com a construção de escolas, igrejas, cooperativas, espaços sociais e até faculdades, de natureza comunitária”, destaca.

E, foram essas características, voltadas ao trabalho, à educação e a organização social e econômica (cooperativas), que impulsionaram investimentos em novas atividades econômicas, como indústrias de transformação, centros de tecnologia, universidades, entre outras, com a finalidade de agregar valor e gerar desenvolvimento. “Esse movimento migratório teve altos impactos decorrentes nas migrações para Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, entre outros do Centro-Norte do país. Inclusive para países vizinhos do Mercosul”, diz Büttenbender.

As características sócio-culturais antropológicas, articuladas com estruturas econômicas, tecnológicas e ambientais, segundo o professor, fizeram com que o Rio Grande do Sul, em especial a metade norte, se posicione de forma muito estratégica e positiva. “É uma das regiões mais promissoras para investimentos sustentáveis, com novas tecnologias, e gestão equilibrada da cadeia do agronegócio, incluindo a produção primária, industrial, a distribuição e o consumo, na promoção do desenvolvimento”, ressalta Büttenbender.

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