Segunda, 09 de Janeiro de 2023 - 09h56
Emater-MG integra força-tarefa na prevenção contra a influenza aviária
Recentes casos identificados em países fronteiriços colocam o Brasil em alerta
DATAGRO
A presença da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) em mais de 94% dos municípios mineiros vai reforçar nas medidas de prevenção - coordenadas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) - contra a influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – vírus H5N1) no estado.
Apesar do estado não ter registrado nenhuma ocorrência de IAAP, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) já mobilizou o Sistema de Agricultura para atuar na frente de prevenção e vigilância contra a doença que afeta principalmente aves domésticas e silvestres.
A primeira capacitação foi realizada virtualmente na quinta-feira (5), onde os extensionistas da Emater-MG receberam orientações técnicas sobre como proceder mediante a um possível caso de influenza aviária. Os extensionistas também conheceram o plano de vigilância do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A capacitação é resultado do desdobramento da última reunião técnica realizada em dezembro, pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes com o Sistema Estadual de Agricultura, entidades e demais empresas do setor avícola.
A fiscal agropecuária do IMA, responsável pelo programa estadual de sanidade avícola, Izabella Hergot recomenda que a notificação de qualquer caso suspeito pode ser feito na unidade mais próxima ou através de aplicativo de mensagem do IMA, ou pelo Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet).
"Nós contamos muito com o apoio da Emater para que essa notificação chegue o mais rápido possível ao IMA. Quanto mais rápido o IMA tiver ciência de uma possível suspeita de ocorrência de influenza aviária, mais rápida será a nossa ação para sanar o problema. Então a gente conta muito com o apoio da Emater que está mais próxima do produtor", diz.
A veterinária e especialista em avicultura Josiane Tavares de Abreu contextualizou sobre a doença no mundo, além de reforçar a importância do diagnóstico ser feito em laboratório especializado. "É importante que o diagnóstico seja feito em laboratórios oficiais credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", reitera.
De acordo com gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Milton Nunes, o fato do Brasil ser o maior país exportador de carne de frango do mundo justifica a intensificação da vigilância nas granjas.
"Nós somos um exemplo na avicultura. Então a Emater está atenta e sem causar pânico que nesse momento é prejudicial. Nossos colegas da extensão rural estão prontos para ajudar o produtor a fazer a notificação ao Instituto Mineiro de Agropecuária", assegura.
:: Influenza aviária no mundo
A América do Sul registrou aumento dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade. Até o momento foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. Em alguns limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves de subsistência ou de produção.
Essa é a maior epidemia de IAAP ocorrida no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.
O período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai até abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores, com o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da IAAP no país.
A intensificação das ações de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral, permitir a demonstração de ausência de infecção e apoiar a certificação do Brasil como país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.
De acordo com gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Milton Nunes, o fato do Brasil ser o maior país exportador de carne de frango do mundo, justifica a intensificação da vigilância nas granjas.
"Nós somos um exemplo na avicultura. Então a Emater está atenta e sem causar pânico que nesse momento é prejudicial. Nossos colegas da extensão rural estão prontos para ajudar o produtor a fazer a notificação ao Instituto Mineiro de Agropecuária", assegura.
:: Como proceder
Todas as suspeitas de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone, aos Serviços Veterinários Estaduais ou nas Superintendências Federais de Agricultura.
A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarréia.
Produtores de aves devem reforçar as medidas de biosseguridade das granjas, especialmente aquelas para evitar o contato de aves silvestres e de pessoas alheias ao sistema produtivo com as aves de produção.
Em relação às infecções humanas, o IMA ressalta que podem ser adquiridas principalmente por meio do contato com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos liberados no abate das aves). Já o risco de transmissão às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos é muito baixo.
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