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Terça, 25 de Março de 2025 - 15h55

Geopolítica ganha protagonismo no comércio agrícola internacional

Guerras tarifárias reduzem fundamentos de mercado como critérios para tomada de decisão dos países nas negociações

DATAGRO

A agenda do governo Trump [Estados Unidos] em endereçar uma guerra comercial tarifária com diversos países, em particular a China, mostra que o comércio internacional, o que inclui o agrícola, caminha para um cenário muito mais ancorado em critérios geopolíticos do que de negociações baseadas em fundamentos de mercados. É o que destaca o professor Marcos Jank, coordenador do núcleo Insper Agro Global, da instituição de ensino. 

Um dos principais especialistas do agronegócio brasileiro, com trajetória de décadas de estudo e trabalho no tema, Jank é categórico ao afirmar que o presidente dos EUA está rasgando as regras do comércio mundial, muitas delas, aliás, criadas há anos pelos próprios diplomatas do país da América Norte. "Ele [Trump] está partindo para uma 'lei da selva', com medidas unilaterais tanto do ponto de vista tarifário, quanto de barreiras técnicas, e os países, como temos observado, têm reagido."

De acordo com Jank, constrói-se um quadro de "salve-se quem puder", e isso deixa as relações comerciais entre os países mais complicadas do que já são. Além disso, segundo o professor, na prática, este cenário é combustível para a inflação - primeiramente nos EUA -, mas que pode reverberar, com efeitos colaterais, na comunidade internacional, por meio de aumentos generalizados de tarifas ou de políticas de reciprocidade. O especialista comenta que, por ora, ainda não observa algo direto para o agro brasileiro. "O que seria temerário seriam ruídos, conflitos, com a China, por exemplo, que absorve cerca de 40% das exportações agrícolas do Brasil."

No que diz respeito ao Acordo Mercosul-União Europeia, Jank ressalta que o tratado apresenta sim grande potencial de consolidação e abertura de novos mercados para o agro brasileiro. Entretanto, o professor ressalva que o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos dos países membros da União Europeia e que existem resistências importantes, como, por exemplo, da França, Irlanda e Holanda. "É aguardar."

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