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Quinta, 05 de Novembro de 2015 - 12h51

Exclusivas uagro

Maior parte das rodovias brasileiras tem graves problemas, diz pesquisa

Estudo da CNT mostra que 57,3% das estradas têm alguma deficiência, fato que impacta na elevação do custo logístico para o agronegócio

Exclusiva redação Uagro

Divulgada na quarta-feira (04), a mais recente edição da tradicional pesquisa sobre as rodovias brasileiras, elaborada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), aponta que mais da metade delas– cerca de 57,3% de aproximadamente 100 mil quilômetros de estradas pavimentadas que foram avaliadas – apresentam algum tipo de deficiência (que inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via), sendo que 6,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. De acordo com o estudo, apenas 42,7% têm condições adequadas de segurança e desempenho.

Em relação ao pavimento, foram identificados 48,6% da extensão com algum tipo de deficiência. A sinalização apresenta problemas em 51,4% da extensão avaliada, e a geometria da via em 77,2%. Os problemas das rodovias brasileiras tornam-se ainda mais graves com a constatação de que 86,5% dos trechos avaliados apresentam rodovias simples de mão dupla.

Mais da metade das rodovias brasileiras apresenta algum defeito

De acordo com o consultor Renato Pavan, da MacroLogística, os recursos aplicados pelos governos federal ou estaduais na manutenção das rodovias são insignificantes. Segundo ele, existem convênios da União com alguns Estados – que ficam responsáveis pela conservação, como no caso de São Paulo -, mas como a maioria também não tem dinheiro, a situação das vias sob responsabilidade do Poder Público é realmente muito ruim. “O problema é sério, e não há a quem reclamar, porque o Ministério dos Transportes, por exemplo, está desmantelado.”

Diante da dificuldade dos governos em aplicar recursos nas rodovias, a participação da iniciativa privada torna-se fundamental para promover melhorias na infraestrutura de transporte. Um ano após o início das concessões rodoviárias realizadas por meio do PIL(Programa de Investimentos em Logística) , já é possível verificar melhora significativa nos resultados das avaliações das rodovias concedidas, principalmente nesses novos trechos. De acordo com a pesquisa, 78,3% da extensão concedida avaliada teve o estado geral classificado como ótimo ou bom. Por sua vez, nas vias públicas, geridas pelos governos federal e estaduais, a situação é inversa. A maior parte da extensão pesquisada (65,9%) apresenta algum tipo de deficiência no estado geral.

Pavan salienta que não enxerga solução, ao menos no curto prazo, para melhorias nas vias sob responsabilidade do Poder Público. “Os trechos que sobraram e que ainda podem ser objeto de concessão não geram atratividade para a iniciativa privada”, assinala. Segundo o consultor, o investidor não injeta capital a fundo perdido, e uma solução vai depender de como os governos vão estruturar novas concessões que combinem viabilidade – que o fluxo total transportado gere receita para pagar as melhorias - e o retorno do investimento.”

Custo logístico cresce

As condições gerais ruins das rodovias brasileiras reduzem a segurança de quem circula por elas, além de aumentar o consumo de combustível e o tempo de viagem, além do custo de manutenção dos veículos, de lubrificantes, de pneus e de freios. Nas vias onde o pavimento é considerado péssimo, o aumento chega a 91,5%, por exemplo.

Ao considerar a média de toda a extensão de rodovias avaliadas no Brasil, o impacto nesse custo operacional é de 25,8%, sendo que nas vias públicas o percentual é de 29,3% e nas concedidas, de 11,3%. Como o custo do transporte, com destaque para o rodoviário, impacta diretamente no preço final dos produtos, consequentemente, o nível de preços do País é influenciado pelas condições não ideais da infraestrutura das rodovias. “Isso vai prejudicar bastante o agronegócio”, conclui Pavan.

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