Ferrovias podem ser solução para mitigar perda de até 6% do PIB devido a ineficiência

O custo gerado pela ineficiência do transporte no Brasil foi estimado pelo Banco Mundial em 6% do PIB, ou aproximadamente US$ 150 bilhões. O governo brasileiro tem direcionado esforços na recuperação da malha ferroviária como solução para os entraves logísticos. Quando foi privatizada, em 1997, a malha ferroviária brasileira foi reduzida em dois terços, passando de 28 mil km de extensão para os atuais 10 mil km, devido às más condições e obsolescência.

De acordo com Bernardo Figueiredo, diretor presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), 2/3 das ferrovias sofrem de problemas estruturais que impedem sua utilização, pois há trechos construídos a mais de 100 anos que não passaram por qualquer modernização. “Os serviços que operam, exceto minério, tem defasagem tecnológica com baixo padrão de produtividade. Os preços são formados em ambiente monopolista, com pressão de demanda e oferta limitada. É preciso mudar isso, em muito está sendo feito”, comentou.

Há concessões abertas para ferrovias, com permissão da exploração da infraestrutura, seleção pela menor tarifa para circulação de trens, e compra integral da disponibilidade assegurada pela Valec. Entre agosto 2013 a Fevereiro de 2014 serão publicados 9 editais de ferrovias. Investimentos como estes, de acordo com Figueiredo, podem baratear o frete do modal ferroviário para valores até 30% inferiores ao rodoviário.