Quarta, 01 de Julho de 2020 - 11h19
Exportações: 28% dos embarques agrícolas são feitos pelo Arco Norte
Produção quase dobrou e exportação triplicou nos últimos dez anos, mas a infraestrutura não acompanhou esse crescimento
DATAGRO
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou de um debate sobre a estrutura portuária brasileira, nesta última segunda-feira (29). O encontro, transmitido ao vivo pelas redes sociais, foi promovido pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA, Elisangela Pereira Lopes, foi uma das debatedoras.
Elisangela fez uma apresentação sobre o tema “Pós Covid-19 - Infraestrutura para a Agropecuária”. Ela abordou pontos como a necessidade de infraestrutura para atender o desempenho do setor agropecuário e destacou a evolução das exportações de soja e milho pelos portos do Arco Norte, do Sul e do Sudeste.
“A produção quase dobrou e a exportação triplicou nos últimos 10 anos, mas a infraestrutura não acompanhou esse crescimento. Hoje, mais de 61% da produção está acima do paralelo 16, mas apenas 28% é exportado pelos portos de lá. Ainda temos que exportar pelos portos do Sul e Sudeste e isso tem onerado produtores e consumidores internos”, disse.
A coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA também apresentou dados sobre a matriz de transportes do Brasil, custos da lavoura aos portos e analisou a utilização dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário no País.
Na visão de Elisangela, a logística para a agropecuária precisa se basear em pilares como investimentos em infraestrutura, segurança jurídica e transparência, parcerias entre Governo e iniciativa privada, livre iniciativa e multimodalidade. Com isso, aponta ela, será possível a redução de custos logísticos, aumento de competitividade e produção e geração de renda e emprego.
Aprimorar a regulação dos transportes é outra medida importante. Entre as sugestões da CNA estão a aprovação do regulamento que estimula o uso da navegação de cabotagem e a implantação do Documento Único de Transporte (DT-e) para toda operação de transportes.
“Assim que tivemos a paralisação provocada pela Covid, as ações foram focadas em garantir o abastecimento da população brasileira e os compromissos com os países que importam nossos produtos. Após a pandemia, precisamos que o Governo continue investindo nas obras em andamento, que não ocorra o tabelamento obrigatório do frete e que seja promovida a ligação entre os modelos de transporte”, afirmou a coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA.
O debate também contou com o presidente da Associação Comercial de Santos (ACS), Mauro Sammarco; do diretor de Comércio Exterior da Acirp, André Ali Mere; e do diretor comercial da Brasil Terminal Portuário, Claudio Oliveira.
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