Saldo de empregos da agropecuária de Mato Grosso reduz em quase 60%

Vivian Lessa

Foram mantidos no mercado de trabalho 2,541 trabalhadores, resultado das 40,4 mil admissões e 37,8 mil desligamentos. No ano passado o saldo foi de 6.139 pessoas, considerando 44,1 mil contratações e 38,8 mil demissões. Os dados do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE).

A sazonalidade da agricultura permitiu que em maio o saldo ficasse negativo em 543 pessoas. O índice de maio do ano passado foi de menos 428 pessoas no mercado trabalho, ou seja, demitiu mais do que contratou. A analista de conjuntura econômica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Gemelli Lira, destaca que não houve grandes mudanças na agricultura se comparado com o desempenho da safra passada.

No entanto, ressalta que a instabilidade na cadeia da pecuária suína fez com que alguns empresários aprovassem demissões. Conforme ela, os empresários mato-grossenses ainda estão tímidos para novos investimentos. O resultado disso é uma queda no saldo de empregos de aproximadamente 40% no acumulado de janeiro a maio, passando de 27,8 mil para 14,1 mil em 2013.

Porém, a analista destaca que o setor de construção civil contribuiu para que a queda não fosse maior. "As obras de investimentos em estradas e rodovias fizeram com que os empresários contratassem mais". Conforme dados do Caged, o setor contratou 25,6 mil e demitiu 21,6 mil nos primeiros cinco meses deste ano, pontuando com saldo de 4 mil trabalhadores.

O resultado só não foi maior que o setor de serviços, cuja contratações alcançaram 48,9 mil enquanto as demissões somaram 42,9 mil para um saldo de 5,9 mil empregados. A indústria de transformação de Mato Grosso também se manteve com saldo positivo de 3 mil trabalhadores, sendo 33,7 mil admitidos e 30,6 mil desligados do mercado de trabalho.