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Terça, 19 de Março de 2013 - 09h44

Escassez estimula contratação de mulheres

Além dos cargos administrativos, cooperativas do estado apostam na força feminina para execução de tarefas consideradas pesadas

Gazeta do Povo

Carlos Guimarães Filho

A população feminina dentro do sistema cooperativista paranaense aumentou nos últimos cinco anos. De acordo com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), as mulheres ocupam hoje 20 mil vagas, crescimento de 27% em relação ao número de 2008 (15,7 mil). O aumento da participação feminina nos quadros de colaboradores das empresas é reflexo direto da escassez de mão de obra no setor, um problema crônico no país.

“Hoje é difícil andar na rua e não ver placas anunciando vagas de emprego. Isso também acontece nas cooperativas e agroindústrias”, diz o gerente de desenvolvimento humano no Sistema Ocepar, Leonardo Boesche. “Diante da grande dificuldade [de contratação], não existe distinção por sexo.”

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Rotina exige esforço físico e atenção

Os exemplos de aposta na população feminina, independente da função, estão espalhados por todo o estado. Nos Campos Gerais, a Castrolanda resolveu contratar, em setembro do ano passado, mulheres como parte dos trabalhadores temporários, reforço necessário durante a safra. Dos 51 novos funcionários, 11 são do sexo feminino.

Para tal estratégia, a empresa precisou fazer adaptações nas suas estruturas. Algumas máquinas passaram por otimização, enquanto outros processos foram automatizados. Isso porque elas realizam atividades que até então eram dominadas pelos homens, como a operação de tombador (elevador que levanta o caminhão para a descarga dos grãos), limpeza de moegas (estrutura por onde passa o grão) e controle auxiliar de máquinas.

“As mulheres são a saída para minimizar a escassez de mão de obra. O retorno está sendo ótimo, tanto que temos o plano de preencher 50% das vagas futuras com elas”, ressalta Alcebíades Alves da Cruz, coordenador de produção agrícola da Castrolanda.

Marli Aparecida do Amaral deixou os trabalhos de doméstica e embaladora de frango na BR Foods, onde permaneceu por oito meses, e, desde o mês passado, ocupa a função de operadora de tombador na cooperativa dos Campos Gerais. “Sempre quis trabalhar na produção. Estou realizada”, afirma. Além de Marli, Poliana de Araújo é a outra mulher no cargo de tombadora.

No Norte do estado, a cooperativa Copacol, no município de Cafelândia, preenche parte das vagas nas áreas produtivas com mulheres há longa data. Hoje, há cerca de 3 mil trabalhadoras dentro da empresa, conta Andrea Girotto, supervisora de gestão de pessoas. “Não existe uma seleção diferenciada para homens e mulheres. Em alguns casos, as áreas de saúde e segurança da Copacol avaliam todos os cargos e requisitos funcionais e, quando necessário, as alterações acontecem”, diz.

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