Solução para futuro do agronegócio pode estar em profissionalização do setor

Uma preocupação que vem crescendo no setor de agronegócio é a questão da sucessão de fazendeiros, já que muitas vezes os filhos não desejam seguir o caminho dos pais e abandonam ou vendem propriedades com produção necessária e rentável. Países como EUA, Austrália, Nova Zelândia e países da Europa Ocidental, considerados países desenvolvidos, tem uma maior preocupação com a sucessão do que países considerados emergentes, como por exemplo, o Brasil, e também países da Europa Oriental.

Em países mais desenvolvidos, 50% da população de agricultores é superior a 55 anos. Nos menos desenvolvidos o problema parece ser menor devido à idade média do agricultor, que é mais jovem ­– no Brasil menos de 40% dos trabalhadores do campo tem idade superior a 55 anos.

"Se você considerar que o profissionalismo deve ser relacionado ao desempenho, a profissionalização do agronegócio é uma solução em um nível individual, já que em 70% dos casos, uma empresa economicamente sólida permite uma sucessão mais branda”, afirmou o Vice Presidente Sênior do Rabobank, Bart IJntema's.

Para IJntema's, é preciso tornar a execução de um negócio de fazenda tão atraente quanto gerir uma empresa em qualquer outra área.

“Investimentos em programas de especialização em agronegócio, capacitação em gestão, são o ponto de partida para iniciar a profissionalização do campo”, disse Bart IJntema's, que pontuou ainda que na Nova Zelândia as fazendas com melhor desempenho são as de médio porte, normalmente, propriedades familiares.