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Sexta, 30 de Maio de 2014 - 10h09

PIB do setor sucroenergético soma U$ 43,4 bilhões na safra 2013/14

Apesar da crise, aumento foi de 44% em relação à safra 2008/09. Comissão se reuniu para apresentar os efeitos positivos do etanol para economia

SEAGRO - GO

Na atual safra 2013/14, o PIB do setor sucroenergético somou U$ 43,4 bilhões (ou cerca de R$ 94,6 bilhões), aumento de 44% em relação à safra de 2008/9. O valor é maior que o PIB de mais de 100 países, segundo ranking do Fundo Monetário Internacional de 2013. Em impostos, o setor contribuiu com cerca de US$ 8,5 bilhões (R$ 18,7 bilhões).

Com base nestes dados, a Comissão de Minas e Energia apresentou estudos sobre a avaliação dos efeitos positivos do uso do etanol na economia, no meio ambiente e na saúde da população. A reunião aconteceu na última quarta (28), na Câmara dos Deputados, em Brasília. 

Comissão apresentou os pontos positivos do uso de etanol para economia

O setor movimentou U$ 107 bilhões (R$ 234,4 bilhões) na cadeia produtiva. Só com o etanol, as exportações somaram US$ 1,67 bilhão, ou R$ 3,6 bilhões. O etanol também tem participação expressiva na geração de postos de trabalho, gerando cerca de 1 milhão de empregos diretos, número que atinge 3,6 milhões se computados também os indiretos e informais.

Esses dados constam do estudo “Setor Sucroenergético, desafios e oportunidades da safra 2013/2014”, que o professor Marcos Favas Neves, titular do Departamento de Administração da USP de Ribeirão Preto, apresentou na última quarta (28/5) em audiência pública na Câmara dos Deputados, convocada pela Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético para discutir a crise do setor e a criação de novas políticas públicas.

No entanto, apesar da força da participação do setor na economia brasileira, o etanol vem enfrentando séria crise desde 2008, com perda de sua competitividade dentro e fora do País.

A descontinuidade das políticas públicas brasileiras na área de energia fez com que o país perdesse a liderança mundial na produção de etanol. Em 2000, as usinas dos Estados Unidos produziam apenas 47% do volume de etanol das brasileiras. No ano passado, a produção nos EUA representou mais que o dobro da brasileira (217%).

Economia

O País teria um gasto adicional anual de R$ 430 milhões nas despesas com saúde pública se todos os carros rodassem apenas com gasolina. Caso os veículos circulassem com gasolina aditivada com 25% de etanol anidro, sem o etanol hidratado utilizado nos carros flex, esse adicional seria de R$ 280 milhões por ano. Já num terceiro cenário em que fosse mantido o mesmo nível de participação de etanol observado em 2009, de 31% da matriz nacional de combustíveis, o País, poderia ter uma economia adicional de R$ 68 milhões anuais nas despesas com saúde.

Impactos na saúde

A constatação é de outro estudo denominado ‘Cenários de mudança no perfil de consumo do etanol/gasolina e impacto epidemiológico estimado em saúde’, de autoria do pesquisador Paulo Saldiva, médico e professor da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sobre os benefícios para a saúde pública que o uso do etanol usado como combustível de veículos urbanos pode promover nas maiores regiões metropolitanas do país.

O estudo constata que, no primeiro cenário, no qual os veículos usassem apenas gasolina, o número de internações por problemas respiratórios e cardiovasculares nos principais centros urbanos do País aumentaria em 9.247 e o de mortes, 1.384. No segundo cenário, com os carros circulando somente com gasolina acrescida de 25% de etanol anidro, esses números cairiam para 6.553 internações e 856 mortes. Já no terceiro cenário, mantendo-se o nível de participação do etanol na matriz de combustível em 2009, haveria uma redução de 505 internações e de 226 mortes por ano.

Meio ambiente

Para agencia ambiental americana, gasolina gera danos de US $0,116 por litro consumido devido à emissão de CO2, equivalente a R$ 0,27 por litro; enquanto isso, governo brasileiro incentiva uso da gasolina em detrimento do etanol, que reduz emissão de CO2 em 90% comparado com a gasolina.

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