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Terça, 13 de Agosto de 2013 - 08h13

Exclusivas uagro

O etanol é um avanço do qual o Brasil não pode abrir mão”, disse Dilma em inauguração do etanolduto. Será que ela acha mesmo?

Na inauguração de etanolduto entre Ribeirão Preto e Paulínia, presidente Dilma diz que Programa de etanol não deve perder importância com o pré-sal, fala sobre ações para alavancar o setor, mas não apresenta novidades

Universoagro

Luciana Paiva


A presidente Dilma Rousseff inaugurou no fim da manhã de ontem, 12 de agosto, em Ribeirão Preto, o primeiro trecho do Sistema Logístico de Etanol Ribeirão Preto-Paulínia. 

Concluída em janeiro desse ano, a primeira fase do etanolduto tem 206 quilômetros de extensão e interliga o terminal terrestre de Ribeirão, importante região produtora de etanol, à Refinaria de Paulínia. E será operado pela Transpetro.

A partir do uso comercial do duto, será possível a venda do etanol hidratado em Paulínia ou sua transferência, por outros dutos, para Barueri e para o Rio de Janeiro. Segundo a Presidente, o início da operação do duto já deve baratear o custo do transporte e contribuir para reduzir o preço do etanol.

Dilma avaliou que o projeto mostra a importância do combustível para o Brasil, já que uniu importantes empresas do setor - o etanolduto foi construído pela Logum, consórcio formado pelas empresas Petrobras, Copersucar, Raízen, Odebrecht, Camargo Corrêa e Uniduto Logística, ao custo de R$ 1 bilhão e conta com recursos públicos federais. E que o projeto é importante para aumentar a competitividade brasileira no setor de biocombustíveis.

“Hoje nós estamos aqui inaugurando o primeiro trecho, a primeira fase – são nove fases, se eu não me engano – de um sistema, o sistema Logum, que usa tanto os dutos, o etanolduto, como a hidrovia para escoar a produção de etanol. Com isso a gente vai evitar usar caminhão, portanto é muito menos poluente, mas ao mesmo tempo é muito mais competitivo, por que o preço do transporte se torna um custo menor na cadeia toda de valor do etanol”, afirmou.

A presidente disse ainda que o investimento de R$ 279 milhões em mobilidade urbana vai permitir que se crie em Ribeirão Preto uma rede de transporte integrado, com a implementação de 56 km de corredores de transporte público coletivo, dois terminais no centro da cidade e uma estação central, oito estações de transferência e mini-terminais de bairro.

Quando estiver finalizado, o etanolduto ligará 45 cidades, passando pelos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, até chegar aos portos de São Sebastião, SP, e do Rio de Janeiro onde o combustível será exportado em navios. O duto terá 1,3 mil quilômetros de extensão e capacidade para transportar 21 bilhões de litros de etanol por ano. O custo previsto pelo Governo Federal é de R$ 7 bilhões. O próximo trecho a ser construído ligará Ribeirão Preto a Uberaba, MG, no Triângulo Mineiro.

O etanol e o pré-sal

Para uma plateia com a presença de vários representantes do setor sucroenergético, inclusive, Elizabeth Farina, presidente da Unica, União da Indústria da Cana-de-Açúcar, a presidente Dilma garantiu que os investimentos no petróleo do pré-sal não significa uma menor atenção a programa brasileiro de etanol.
“O etanol é um avanço do qual o Brasil não pode abrir mão. O Brasil tem condições de ter uma diversificação na sua matriz energética e de combustíveis” disse ela. “Não existe um carro no Brasil que não seja movido a etanol, seja pela mistura (com a gasolina, de 25%), seja pelos modelos flex”.

Dilma disse também esperar para ainda este mês a aprovação no Congresso Nacional da Medida Provisória que reduz a incidência de PIS/COFINS para comercialização de etanol. A presidente Dilma destacou incentivos do governo ao setor, como o investimento de R$ 4 bilhões na safra de 2013/2014, por meio do ProRenova, Programa de Renovação de Canaviais, que tem como objetivo renovar 1 milhão de hectares de produção de cana-de-açúcar. Ela falou ainda do programa de financiamento de estoques de etanol, que dispõe de 2 milhões do BNDES, com taxa de juros de 7,7% ao ano para que as usinas não precisem vender o produto, na safra, a preço mais baixo, o que ajuda a equilibrar a oferta na entressafra, e portanto, sustenta um preço de médio prazo para o produtor.

No entanto, essas medidas são paliativas, não representam políticas públicas consistentes que garantam a volta do investimento em novos projetos, levando à construção das 120 unidades produtoras que deverão ser instaladas para cobrir a futura demanda. Por isso, dirigentes sucroenergéticos estão organizando uma manifestação em Brasília, após a Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética – que acontece em Sertãozinho, SP, de 26 a 30 de agosto.





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