Receita líquida da Cosan cresce 28% e alcança R$ 30 bilhões

A Cosan S.A (BM&FBovespa: CSAN3) registrou receita líquida consolidada de R$ 30 bilhões no ano fiscal 2013, iniciado em 1º de abril de 2012 e encerrado em 31 de março de 2013. O resultado representa um crescimento de 28,3% em relação ao verificado no mesmo período do ano anterior, quando a receita totalizou R$ 23 bilhões. O Ebitda consolidado cresceu 48%, de R$ 2,1 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

O lucro líquido no período, excluídos os efeitos de formação da Raízen, cresceu 34,6%, de R$ 474 milhões para R$ 638,2 milhões.

O menor crescimento econômico do País e a crise internacional reforçaram o foco da companhia na eficiência de suas operações, com evolução em vários aspectos do portfólio de negócios, seguindo a estratégia de crescimento nos segmentos de energia e infraestrutura.

Nesse sentido, foi iniciada a integração da Comgás para harmonizar a cultura das empresas e identificar talentos-chave. A Comgás abre para a Cosan uma perspectiva inteiramente nova no setor de gás natural de petróleo, inserindo-a definitivamente nesse importante segmento de energia.

Na comparação entre trimestres, a receita líquida da Cosan avançou 47,4%, para R$ 8,5 bilhões no acumulado dos últimos três meses do ano fiscal 2013, ante R$ 5,8 bilhões no mesmo período do ano fiscal 2012. O Ebitda consolidado passou de R$ 489,1 milhões para R$ 915,6 milhões, um crescimento de 87%. O lucro líquido ficou em R$ 29,7 milhões.

Raízen Combustíveis

O aumento de 5% no volume de combustíveis vendidos em comparação ao ano fiscal anterior fez com que a Raízen Combustíveis encerrasse 2013 com receita líquida 9,7% superior a 2012, totalizando R$ 43,5 bilhões. Além disso, o preço médio dos produtos vendidos subiu 4,5% devido a alterações no valor da gasolina e do diesel anunciadas pela Petrobras no primeiro trimestre deste ano.

Já o Ebitda da Raízen Combustíveis foi 25,5% superior ao reportado em 2012 e totalizou R$ 1,7 bilhão, com margem de 3,8%. No quarto trimestre do ano fiscal 2013, o crescimento foi de 20,5% na comparação com o mesmo período de 2012, totalizando R$ 422,9 milhões, com margem de 3,9%. Quando medida em relação ao volume vendido, a margem Ebitda foi de R$ 79,6/m³ no trimestre.

Os principais fatores que levaram ao crescimento do Ebitda foram a expansão da rede Shell através do processo de rebranding, o aumento da penetração de produtos premium (Gasolina e Etanol V-Power e Diesel Evolux), a maior mistura de gasolina na composição total do ciclo otto vendido e a melhoria do portfólio de contratos de clientes industriais (B2B). 

Raízen Energia

A venda de maiores volumes de açúcar e de energia elétrica oriunda do processo de cogeração impulsionou a receita da Raízen Energia no ano fiscal, juntamente à elevação dos preços médios do açúcar, do etanol e da energia elétrica. No acumulado de 2013, a receita líquida totalizou R$ 8,5 bilhões, representando um crescimento de 16,8% em relação ao montante verificado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 7,2 bilhões.

No último trimestre de 2013, a receita líquida foi de R$ 2,4 bilhões, 97% superior ao reportado no último trimestre do ano anterior, em função do deslocamento da safra 2012/2013 e do maior período de operações nas unidades produtoras.

O Ebitda da Raízen Energia apresentou crescimento trimestral de 9,4%, saindo de R$ 375,2 milhões no quarto trimestre do ano fiscal 2012 para R$ 410,5 milhões no mesmo período de 2013. No ano, o Ebitda da unidade atingiu R$ 2,4 bilhões, crescimento de 13,9% em relação a 2012, em que o valor reportado foi de R$ 2,1 bilhões. A margem Ebitda em 2013 foi de 28,4%.

Entre as iniciativas implantadas este ano no segmento de etanol, açúcar e bioenergia – visando a redução do capital empregado na operação –, destaca-se o lançamento de um grande programa de parceria com fornecedores de cana:  o "Cultivar", com  objetivo de aumento da eficiência e o incremento do percentual de cana de terceiros na moagem.

Comgás

A Comgás adota o ano-calendário em suas demonstrações financeiras como período de apuração do desempenho do negócio. Durante o primeiro trimestre de 2013 ( período que vai de janeiro a março e que corresponde ao quarto trimestre do ano fiscal 2013, considerado pela Cosan), a empresa manteve seu foco estratégico no segmento residencial e no desenvolvimento dos segmentos comercial e industrial, sendo este último o mais significativo em termos de volume comercializado.

No segmento residencial, foram distribuídos 41,8 milhões de m³ de gás no primeiro trimestre, volume 2,3% superior ao distribuído no mesmo período de 2012, que totalizou 40,8 milhões de m³. O segmento residencial concluiu o trimestre com 897.974 medidores conectados, um crescimento de 6,8% (840.915 medidores), e teve uma margem de contribuição de 20%. 
Para o segmento comercial, foram distribuídos 25,8 milhões de m³ de gás, representando uma redução de 1,5% em relação aos primeiros três meses de 2012, em que o volume total distribuído foi de 26,2 milhões de m³. No trimestre, foram conectados 167 novos clientes comerciais.

Já o volume do segmento industrial totalizou 928,1 milhões de m³ de gás no primeiro trimestre de 2013, 0,7% menos que os 934,5 milhões de m³ distribuídos no mesmo período de 2012.

Como resultado, a receita líquida de vendas e serviços totalizou R$ 1,4 bilhão, um aumento de 29,2% em relação ao mesmo período de 2012. O Ebitda foi de R$ 314,4 milhões, um crescimento de 42,8% em relação ao primeiro trimestre de 2012, que totalizou R$ 220,2 milhões.

Rumo Logística

A Rumo apresentou crescimento de mais de 75% no volume transportado e já faz da Cosan a responsável pelo embarque de aproximadamente metade de todo o açúcar exportado pelo Porto de Santos. Segundo informações da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), a partir de dados disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o Porto de Santos foi responsável por 69,5% do volume total de açúcar exportado pelo Brasil, e a Rumo movimentou aproximadamente 48% deste total.

Como consequência, a receita líquida da unidade totalizou R$ 168,4 milhões no quarto trimestre, 126,7% a mais que no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a receita atingiu R$ 712,8 milhões, incremento de 24,6% em relação a 2012.

O Ebitda foi de R$ 296,7 milhões, com margem de 41,6%, incremento de 39,2% e 4,4 pontos percentuais, respectivamente, em relação a 2012. O resultado está alinhado com o plano de crescimento da companhia, marcado pelo início das operações do Terminal de Itirapina, a conclusão de parte dos investimentos no Porto de Santos e o aumento significativo da operação de transporte.

Radar Propriedades Agrícolas

A Radar, unidade que investe em propriedades agrícolas e no arrendamento de terras no mercado imobiliário rural, encerrou o ano fiscal de 2013 com portfólio de terras próprias avaliado em R$ 2,5 bilhões e área total de 107,5 mil hectares (265,6 mil acres), distribuída entre seis Estados brasileiros: São Paulo, Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

A receita líquida da Radar é composta pela venda de ativos e arrendamento de terras agrícolas. No quarto trimestre de 2013, não houve venda de propriedades e a receita líquida totalizou R$ 15,4 milhões, provenientes do arrendamento de terras. A redução de 23,5% em relação ao mesmo período de 2012 está associada à oscilação de preços de commodities agrícolas, bem como a outras variáveis que influenciam no preço do arrendamento de terras.

No ano fiscal de 2013, a receita líquida da Radar cresceu 27,6% em relação a 2012, totalizando R$ 86,9 milhões, basicamente devido à venda de propriedades.

A Radar apresentou EBITDA de R$ 65,2 milhões no 4T13. No FY13, o EBITDA foi de R$ 192,9 milhões, queda de 34,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, explicada principalmente pelo reconhecimento do valor justo de mercado do portfólio de terras, que no FY12 foi maior devido à realização da primeira avaliação independente e que apurou ganhos não capturados anteriormente.

Outros Negócios

Os resultados do segmento Outros Negócios é composto pelas atividades de industrialização e distribuição de lubrificantes e especialidades automotivas das marcas Mobil e Comma e pela distribuição de Óleos Básicos, além da estrutura corporativa da Cosan, excluindo-se Raízen.

A receita líquida pela venda de lubrificantes e outros produtos no quarto trimestre de 2013 foi de R$ 357,7 milhões, crescimento de 32% na comparação com o quarto trimestre de 2012, que apresentou receita de R$ 270,9 milhões. No ano fiscal de 2013, a receita líquida foi de R$ 1,4 bilhão, crescimento de 33,5% em relação a 2012 das operações fora do Brasil. A receita líquida das operações no Brasil também apresentou crescimento devido ao incremento de 7% no volume vendido. O preço médio unitário de lubrificantes e óleos básicos atingiu R$ 4.965 / m³ em 2013.

No 4T13 o EBITDA ajustado foi de R$ 54,1 milhões e no FY13 totalizou R$ 92,7 milhões, representando um crescimento de 90,2% ao reportado no FY12.

Endividamento

As disponibilidades de caixa somaram R$ 2,6 bilhões ao final do quarto trimestre de 2013, comparado com os R$ 2,3 bilhões no terceiro trimestre do mesmo ano. O endividamento líquido no trimestre foi de R$ 8,6 bilhões, comparado aos R$ 8,8 bilhões no trimestre anterior, o equivalente a uma alavancagem de 2,3 vezes o Ebitda Proforma dos últimos 12 meses, que levam em consideração Comgás e Radar.

Os principais eventos no período foram: captações de Notas Promissórias no montante de R$ 400 milhões pela Comgás e a captação das Senior Notes 2018 e 2023 no montante de R$ 1,8 bilhão, que foram utilizados para liquidação antecipada no montante de R$ 1,9 bilhão da 1ª série de debêntures, captadas para aquisição Comgás.

Sobre a Cosan:

A Cosan é uma das maiores corporações empresariais do Brasil, com negócios nos segmentos de infraestrutura e energia. Fazem parte do grupo as empresas Rumo Logística Cosan Lubrificantes e Especialidades, Radar Propriedades Agrícolas Comgás e Raízen.

A companhia está no segmento Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo desde 2005, e a Cosan Limited (CZZ) tem ações listadas na NYSE (New York Stock Exchange) desde 2007. No exercício social encerrado em 31/03/2013, a Cosan registrou uma receita líquida consolidada de R$ 30 bilhões, com crescimento de 28,3% sobre o período anterior.