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Terça, 02 de Julho de 2013 - 09h03

Exclusivas uagro

Investimento nas usinas está morno, porém, maior que em 2012

Neste ano, o BNDES deverá desembolsar cerca de R$ 6 bilhões, em 2012 foram a R$ 4,1 bilhões

Universoagro

Wagner Bittencourt, vice-presidente do BNDES durante o Ethanol Summit

Luciana Paiva

Para abastecer a crescente demanda por etanol, será preciso agregar ao parque industrial atual mais 120 unidades sucroenegéticas até 2020. No entanto, no momento, os investimentos em novas plantas estão zerados. Segundo Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), os investimentos só acontecerão se houver um sinal claro de que haverá retorno para a atividade.

O setor voltou a investir pesado na área agrícola, o ritmo de renovação de canaviais está acelerado, há filas de espera para entrega de colhedoras de cana, implementos, além de aumento na aquisição de defensivos químicos e fertilizantes. O reflexo da volta dos investimentos no campo já impulsiona o aumento de produção de cana – a Datagro Consultoria estima que a safra atual terá 584,5 milhões de toneladas no Centro-Sul e 50,5 milhões de toneladas no Nordeste. No ciclo anterior a produção total brasileira foi de 596 milhões de toneladas.

Se nos canaviais os investimentos estão aquecidos, o mesmo não acontece na parte industrial, o movimento para o aumento da capacidade de moagem nas unidades instaladas segue morno. “Mas está melhor que em 2012, este ano estão surgindo alguns pedidos de equipamentos para as indústrias de base”, diz Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis).

Mais investimentos na indústria

Durante o Ethanol Summit 2013, realizado pela Unica, nos dias 27 e 28 de junho, na capital paulista, o vice-presidente do BNDES, Wagner Bittencourt, disse que a instituição deverá desembolsar cerca de R$ 6 bilhões ao segmento sucroenergético neste ano, especialmente para aportes de usinas em modernização.
Até abril, foram desembolsados R$ 3,3 bilhões. Em 2012, quando os investimentos ainda foram limitados por uma conjuntura adversa que já se arrastava há dois anos, o total chegou a R$ 4,1 bilhões. De 2008 a 2011, foram R$ 30 bilhões, conforme Bittencourt. "Precisamos aumentar a capacidade de investimento do setor para evitar importações desnecessárias e gerar empregos".

Elizabeth Farina na abertura do Ethanol Summit

Wagner Bittencourt listou uma série de programas que o banco tem praticado no sentido de aquecer o segmento. "A ideia é fazer com que o mercado como um todo seja beneficiado, a partir de iniciativas contínuas que passam pela pesquisa, por novas tecnologias e também por projetos ligados à melhoria da infraestrutura no País", enfatiza. No entender de Bittencourt, sem boas estradas, ferrovias e etanolduto não há como conectar de forma eficiente e econômica o produtor ao resto da cadeia nacional e internacional.

Cana em pé

O contraste entre o ritmo acelerado de investimentos no campo e a lentidão na indústria, acendeu o sinal amarelo em relação a capacidade de moagem das usinas, que nesta safra já estão moendo em torno de 90% de sua capacidade. Há quem diga que se não forem intensificados já os investimentos na indústria, possa ficar cana em pé na próxima safra. Elizabeth Farina disse que a capacidade de moagem do setor é de 700 milhões de toneladas, assim, ainda há condições de esmagar a produção total da próxima safra.

No entanto, a presidente da Unica, salientou que o setor segue sob forte pressão financeira. Ela lembrou que cerca de 40 unidades fecharam as portas desde 2008, o que representou uma perda de moagem de 46 milhões de toneladas de cana. Por outro lado, 120 milhões foram adicionadas à moagem no período. Para Elizabeth, faltam no país regras claras para o segmento e disse que toda semana tem ido à Brasília dialogar com o governo em busca de ações, mas admite que apesar de muita conversa, o ritmo do governo não acompanha a necessidade do setor. E, assim, a falta de políticas públicas e as apreensões do mercado tanto com questões locais no Brasil como por indefinições do curso do mercado internacional, esfriam o apetite dos investidores no setor sucroenergético.



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