“As usinas estão operando no gargalo, se não houver investimento, em 2014 fica cana em pé”

Nesta quarta-feira aconteceu em Sertãozinho, SP, o II Seminário da Indústria, promovido pelo Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), pelo Comitê de Recursos Humanos do Ceise Br e o CIESP Sertãozinho (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

O evento, em homenagem ao Dia da Indústria – comemorado no dia 25, reuniu representantes de empresas associadas e não associadas ao Ceise Br de Sertãozinho e região, tais como metalúrgicas, máquinas e equipamentos industriais, de engenharia e de automação industrial, logística e transporte, usinas e destilarias de açúcar, etanol e energia, além de lideranças políticas e empresariais interessadas na promoção do setor. 

O foco do seminário foi RH Estratégico e fizeram parte da programação temas como: “Os Desafios das Empresas Frente a Atuações da Justiça e do Ministério Público do Trabalho”; além das palestras: “Empreendedorismo”, ministrada por Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work® Institute Brasil e diretor de Relações Empresariais da ABRH Nacional;  e “Sucessão Familiar e Governança”, proferida por Cícero Domingos Penha, vice-presidente Corporativo de Talentos Humanos do Grupo Algar e Presidente da Universidade Algar.

Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise Br, explicou que a opção por destacar o RH Estratégico e temas como sucessão familiar e governança, deveu-se ao fato de que a maioria das 550 empresas de Sertãozinho, somadas as associadas do Ceise Br em outras regiões, tem gestão familiar.

Tonielo Filho também falou sobre o cenário sucroenergético, disse que os investimentos estão muito aquecidos na área agrícola, que as empresas estão com lista de espera por equipamentos e os tratos culturais foram intensificados. O campo já respondeu e a expectativa é de safra recorde, como produção no Centro-Sul de 580 milhões de toneladas.

No entanto, na área industrial os investimentos estão zerados. “Porque a indústria estava ociosa, em decorrência da falta de matéria-prima. Mas, este ano as usinas já trabalham com 90% de sua capacidade de moagem, estão no gargalo. Na safra 2014/15 vai ter mais cana, por isso, se não começarem agora investimentos na indústria, vai ficar cana em pé em 2014”, alertou Tonielo Filho.