Notícias Relacionadas

Newsletter

Segunda, 25 de Fevereiro de 2013 - 10h55

Exclusivas uagro

A evolução da mecanização canavieira deve muito a Rípoli

Morre o professor e pesquisador Caetano Rípoli grande personagem do meio acadêmico e do setor sucroenergético

Universoagro

Boa viagem, Rípoli!

Luciana Paiva

Neste domingo (24/2/2013), às 13h30, na cidade de Piracicaba, SP, aos 66 anos de idade, faleceu o Prof. Dr. Tomaz Caetano Cannavam Rípoli, bastante conhecido no setor sucroenergético por suas extensas pesquisas relacionadas à mecanização da produção e colheita de cana-de-açúcar.

Rípoli, como era mais conhecido, formou-se como engenheiro agrônomo na ESALQ-USP em 1970. Teve uma brilhante carreira acadêmica, com mestrado e doutorado na própria ESALQ e pós-doutorado pela Universidade de Davis, na Califórnia. Era professor titular da ESALQ. Foi consultor da FAO e UNOPS, das Nações Unidas, além de autor de diversos livros técnico-científicos voltados à mecanização e à cana-de-açúcar e era um disputado palestrante e professor.

Sempre muito crítico em relação às máquinas e implementos voltados à cultura canavieira, Rípoli contribuiu imensamente para a evolução da mecanização dos canaviais, apresentando alternativas e resultados de pesquisas muito bem elaboradas.

Alto astral, polêmico, Rípoli era um showman, suas palestras eram animadas e arrancavam muitas risadas. Também era um defensor da forma culta de escrever, por isso, sempre que podia alertava  veementemente que o correto é colhedora de cana e não colheitadeira. “Segundo o vernáculo da língua portuguesa, o certo é colhedora, vem de colher”, explicava. O que fez com que as montadoras alterassem seus portfólios de produtos, em todas as demais culturas eles mantém a palavra colheitadeira, mas para a cana – talvez para fugir da língua de Rípoli – , a máquina é colhedora.

Era um defensor do aproveitamento da palhada de cana, ou melhor, palhiço, que era a forma como chamava. Realizou muitas pesquisas sobre o tema e brincava que tinha muitos escravos (os alunos) que ficavam peneirando o palhiço.

Sinto muito o seu falecimento, além de admirá-lo como profissional e pessoa, era um bom amigo, sempre muito solicito, aberto para entrevistas e participação em eventos. Conheço também seu filho Marco, sua filha Bianca e sua irmã Beth, a eles e a toda família enviou os meus sentimentos. 

Como eu, os integrantes do setor sucroenergético devem estar tristes, mas vamos guardar a imagem do Rípoli alegre, com seu grande sorriso. E a melhor homenagem é colocar em prática os seus ensinamentos para a evolução da mecanização nos canaviais.

Link


Warning: file_get_contents(http://uag.ro/api/addurl/?f=http://www.uagro.com.br/editorias/agroindustria/sucroenergetica/2013/02/25/a-evolucao-da-mecanizacao-canavieira-deve-muito-a-ripoli.html) [function.file-get-contents]: failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 403 Forbidden in /home/storage/b/bb/56/uagro/source/templates/noticias/leitura.tpl.php on line 176

Compartilhar