Mobilização Pró-etanol

Enquanto o governo Lula incentivou a política do etanol no país, sua sucessora, a presidente Dilma está descartando o melhor programa de energia renovável do mundo. A posição é da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) que está cansada de ver tanto descaso governamental com o segmento “A presidente Dilma está fazendo uma intervenção na política energética do país, às custas do sangue do produtor e industrial sucroenergético”, desabafa. Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), e da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).

Atualmente, mais de 80 usinas estão à venda no país. Entretanto, mesmo diante da crise, o governo continua mascarando o preço da gasolina, pagando para ela ser vendida mais barata no mercado interno, gerando uma concorrência desigual com o etanol.

O dirigente revela que já está cansado de participar de tanta reunião no ministério da Casa Civil e da Agricultura para nada sair do papel. Ele compara os encontros a conversas entre surdos. “Estas reuniões em Brasília, não estão surtindo efeito e não podemos ficar mais aguardando promessas do Governo Federal que nunca se realizam”, fala aos membros do setor.

Para Andrade Lima, os integrantes da cadeia sucroenergética também são responsáveis pelo atual cenário caótico. “Todos parecem que estão amordaçados, falta articulação nacional para fazer a pressão necessária para mudar este cenário”, ressalta. Ele aproveita para convocar todos a iniciar urgentemente uma mobilização de ampla visibilidade para denunciar o descaso contra o combustível agrícola mais limpo e eficiente do mundo. "Vamos reunir nossos colaboradores e vamos para a rua. Mas para ter peso, essa mobilização precisa ser de todo o setor, não só dos fornecedores de cana", observa.