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Terça, 30 de Outubro de 2012 - 15h24

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A Dilma é petroleira

Dirigente e empresária do setor sucroenergético reclama da inércia do governo na criação de política públicas para a continuidade do etanol

Universoagro

“Falamos com as paredes. A presidente Dilma já tem a cabeça formada. Ela é petroleira. Defende o pré-sal

Luciana Paiva

Não é apenas Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), e da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) que está cansado do longo tempo de negociação e as inúmeras reuniões entre os dirigentes sucroenergéticos e os representantes dos ministérios da Casa Civil e da Agricultura na busca por políticas públicas pró-etanol, Cíntia Ticianeli, presidente do Sindicato das Indústrias de Cana de Açúcar e Álcool do Estado do Maranhão e Pará (Sindicanalcool); também lamenta a falta de objetividade das reuniões e o descaso governamental.

“Falamos com as paredes. A presidente Dilma já tem a cabeça formada. Ela é petroleira. Defende o pré-sal, por isso, os investimentos irão todos para desenvolvê-lo”, diz Cintia, que também é diretora da Usina Agro Serra, em São Raimundo das Mangabeiras, MA. Cíntia observa que a posição do governo brasileiro em relação ao petróleo é confortável, pois expectativas apontam que, com o pré-sal o país desfrutará do combustível fóssil por uns mil anos, no entanto, investimentos centrados em combustíveis não renováveis é um descompasso com as tendências mundiais que buscam combustíveis verdes.

“O Brasil é um exemplo em energias renováveis, temos a matriz energética mais verde do mundo. Porém, tudo corre o risco de acabar por falta de previsibilidade ao produtor”, alerta Cintia. A empresária observa que a situação é muita séria, que o setor sucroenergético não vai acabar, porém, muitas usinas vão perecer, o país vai perder sua supremacia na tecnologia sucroenergética e serão desperdiçados tempo, dinheiro e dedicação de milhares de pessoas para o desenvolvimento do Proálcool.

Se as empresas não têm recursos para investir, o campo e a indústria ficam sucateados. Sem vendas as empresas fornecedoras de produtos e serviços não vão investir em novas tecnologias, avalia Cíntia. “Com isso, já estamos ficando atrasados em relação ao mundo. A situação é muito séria e muitos agem como se estivesse tudo bem. O governo diz que é preciso ter paciência, pois seu tempo é diferente do tempo da iniciativa privada. No entanto, para prorrogar a redução do IPI para os carros, o governo age muito rápido, mas, por exemplo, para autorizar o aumento de mistura de etanol à gasolina é uma novela”, salienta Cíntia.

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