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Segunda, 22 de Outubro de 2012 - 11h51

Exclusivas uagro

“O setor sucroenergéitico está mais vivo do que nunca"

Consultor Plínio Nastari exalta a capacidade que o setor tem de se reinventar

Universoagro

“Desde 2003, a moagem de cana passou de 358 milhões de toneladas de cana para 573 milhões de toneladas de moagem estimada", diz Plínio

José Roberto Maia

Na 12ª Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Etanol, em São Paulo, promovida nos dias 15 e 16 de outubro, o presidente da Datagro, Plínio Nastari, foi enfático ao dizer que está equivocado quem acredita que o mercado sucroenergético está em declínio. Segundo ele, essa visão não passa de um mito, assim como acreditar que os produtores não tiveram foco em produtividade ou que o Brasil não deveria importar etanol.

“Essa indústria está mesmo em estagnação ou para onde está indo?”, indagou Nastari. “Com o etanol de cana, o Brasil atingiu um marco inigualável na substituição da gasolina por combustível limpo e renovável. Em 2010, o País chegou a substituir com etanol 44,6% do combustível de ciclo Otto. Já os EUA estão em 9,5% e a União Europeia, em 3,4%”, disse. Ele lembra que em 2012 esse consumo por etanol caiu no País (de 44,5% para 33% do combustível de ciclo Otto). Mesmo com essa queda, o Brasil é mais do que o dobro em relação à meta mais avançada de substituição da gasolina por combustíveis limpos, que é a meta dos EUA.

Segundo ele, não se pode dizer que o etanol no País está perdendo importância. Para perceber isso, basta analisar os números. “Desde 2003, a moagem de cana passou de 358 milhões de toneladas de cana para 573 milhões de toneladas de moagem estimada." Além disso, a produção de etanol cresceu 40 vezes e de açúcar, 5 vezes, entre 1975 e 2012.” Além disso, desde 2003, a produção de etanol cresceu 52% e de açúcar cresceu 43%.

Para Nastari, o setor sucroenergético passa por uma fase de transformação. Se por um lado afirma-se que a cadeia passa por um período de crise, o consultor foi enfático: “o setor está mais vivo do que nunca, com total capacidade de se reinventar”.

“O etanol não está em declínio. O que ocorre na nossa visão é que o setor está em transformação. O plantio e a colheita está passando de manual para mecanizado, o que traz perdas que não existia anteriormente, a mão de obra que precisa ser treinada, os solos precisam ser melhor preparados.” Essas mudanças fazem parte desse momento que o setor atravessa.

A esse cenário, deve-se acrescentar a alta de custos para a produção de açúcar e etanol, a queda de produtividade agrícola e a condução da política de combustíveis no País. “O preço da gasolina no Brasil, se comparado com o preço internacional, está 20% abaixo da referência internacional hoje”, disse Nastari. Além disso, segundo o presidente da Datagro, o setor de combustíveis do país precisa de planejamento antecipado. 

IMPORTÂNCIA PARA AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS - O que ajuda a mostrar a força do setor sucroenergético brasileiro, mesmo em tempos de crise, basta analisar a importância do que as usinas brasileiras embarcam na pauta de comércio global. Segundo Nastari, o Brasil ocupa as seguintes posições no cenário mundial:

- Primeiro produtor de cana-de-açúcar;

- Maior exportador de açúcar;

- Segundo produtor de etanol;

- Segundo exportador de etanol, mas em breve deve retomar a liderança na exportação do biocombustível.

“E ocupa essas posições em nível global com apenas parte da cana que produz voltada à exportação”, disse Nastari.

PASSOS LENTOS - Na opinião de Nastari, ainda não há no setor sucroenergético um movimento de investimentos na área industrial das usinas, mas acredita que em breve esse processo acontecerá, mas avisa: “quando começar, isso tende a acontecer de modo mais equilibrado do que na década passada”.

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