A relação do setor sucroenergetico com as políticas públicas governamentais
Atualmente, o setor tem em vista apenas a inauguração de duas novas unidades no Mato Grosso do Sul.
Universoagro
José Roberto Maia
Na abertura do XI Seminário de Gestão de Pessoas e Sustentabilidade do Gerhai (Grupo de Recursos Humanos da Agroindústria), no Centro de Convenções de Ribeirão Preto, Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) da região de Ribeirão Preto, falou sobre “A evolução do setor em paralelo à relação do setor com as políticas públicas governamentais.”
O executivo da Unica lembra que a expansão do setor sucroenergético foi exponencial na década passada, o que é perceptível pelo grande número de novas unidades inauguradas entre 2006 e 2008. Mas depois da crise financeira de 2008, esse cenário virou e encontra em fase difícil até hoje. Para ele, toda cadeia sucroenergética se encontra num momento bastante delicado. 41 unidades pararam suas atividades ou entraram em recuperação judicial nos últimos quatro anos. Atualmente, o setor tem em vista apenas a inauguração de duas novas unidades no Mato Grosso do Sul. Mas quando será possível retomar o crescimento?
Segundo ele, uma nova fase de expansão esbarra na falta de políticas públicas contundentes da parte do governo federal. Uma das grandes lutas do setor nessa área é a manutenção artificial de preços da gasolina, o que não apenas derruba a competitividade e o interesse do setor em negócios nesse biocombustível, como também derruba a lucratividade da Petrobras.
Além disso, outras políticas são importantes para a retomada de crescimento do setor, como o incentivo à bioeletricidade, a desoneração do sistema produtivo etc.
Prado também destaca a premência de outras políticas que garantam a competitividade do setor, como investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias. Para ele, no entanto, toda política adotada precisa ser de longo prazo.
Formação de mão de obra – Qual o maior entrave para o futuro do setor? Para Prado, a questão de mão de obra é uma grande questão. “Faltaram trabalhadores capacitados no último crescimento do setor, mas hoje não temos pessoal preparado para uma nova expansão. Não temos profissional capacitado suficiente desde a área agrícola à industrial, e com concorrência com outros setores que estão crescendo.” Para ele, solucionar essa questão é fundamental, “senão não vamos chegar onde merecemos e podemos”.
Também presente no evento, Antônio Salibe, presidente executivo da Udop (União dos Produtores de Bioenergia), salienta que a retomada do crescimento do setor é crucial, mas exige investimento em mão de obra, o que também exige política pública, além das ações já desenvolvidas por entidades do setor. Caso contrário, um novo processo de expansão do setor sucroenergético pode esbarrar na falta de visão estratégica da gestão de recursos humanos. Para ele, as empresas precisam formar pessoas e ter profissionais engajados com o crescimento de toda cadeia.
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