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Quarta, 17 de Abril de 2013 - 10h12

Falta de gás natural paralisa 2 frigoríficos em Mato Grosso

O corte no fornecimento de gás natural suspendeu a operação em 2 frigoríficos de Várzea Grande, que empregam cerca de 5 mil trabalhadores.

A Gazeta

Desde o último domingo, o estoque do insumo energético também já havia acabado em 5 postos de combustíveis e outras 3 indústrias iniciaram a paralisação das atividades por causa do desabastecimento. Todas as empresas aguardam o envio do gás prometido para hoje (17). De acordo com o presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), Helny de Paula, a empresa Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) foi paga nesta terça-feira (16) e as válvulas do gasoduto seriam reabertas na manhã seguinte.

Conforme o presidente da Companhia, o problema foi orçamentário, que não previa a demanda de gás natural, que cresceu no Estado. O pedido de revisão do orçamento foi feito, mas o decreto aprovando o novo valor foi publicado na última sexta-feira (12). “Estourou o orçamento previsto no trimestre. É uma questão de condição de pagamento. Tem que ter a legalidade”, argumenta.

Como a promessa de retomada do envio era para ontem (16), o engenheiro responsável da GNC, Francisco Jammal de Almeida, prefere aguardar a liberação boliviana para “respirar” aliviado, mas ainda assim preocupado. “Se você não paga a conta de gás ou de luz vão cortar, não é? Quando vou imaginar que o governo vai deixar de pagar a Bolívia?”, diz Almeida, completando que as empresas de Mato Grosso já pagam a energia mais cara; estão longe dos centros consumidores e, às vezes, dos insumos; têm dificuldade de mão de obra; e ainda vivem essa insegurança com o gás. Diante da suspensão do fornecimento, Almeida afirma que a distribuidora GNC estuda juridicamente a possibilidade de fechar um contrato direto com a fornecedora do gás.

Segundo Almeida, a empresa boliviana deve injetar 1 milhão de metros cúbicos (m3) por volta das 7h. Mas a regularização do abastecimento do estoque dos clientes deve levar 9 horas para que seja feita a compressão e distribuição do gás. Tarde demais para evitar prejuízos em uma indústria, que reduziu os turnos na fábrica para economizar o gás e vai atrasar a entrega de 3 grandes contratos, que totalizam aproximadamente R$ 1 milhão. Além disso, de acordo com os sócios-proprietários da indústria, Heitor e Gustavo Trentin, cada dia parado na indústria gera uma perda de R$ 50 mil. “Vamos ter problemas com clientes. A situação é grave”, diz Heitor.

Para piorar a situação, foi retirada da indústria a estrutura do gás (GLP), que pode substituir o gás natural. “Entramos em contato com os antigos fornecedores, mas o preço é mais alto e para cumprir os contratos vamos acabar pagando”, completa Gustavo, ao questionar como o governo pode estar ajudando o desenvolvimento do Estado com esse tipo de situação. Para o setor, o fato ocorrido acarreta tanto descrédito para o combustível, que é viável hoje, quanto para o poder público que fala em incentivo para as empresas, mas demonstra o contrário.


Fonte: A Gazeta

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