Domingo, 02 de Setembro de 2012 - 22h19
Produtores rurais buscam cursos sobre restauração florestal
Objetivo é conduzir, de forma adequada, a adequação ambiental das propriedades; Bioflora, de Piracicaba/SP, é pioneira na formação de turmas
Assessoria Carol Silveira
Para garantir a adequação ambiental de propriedades rurais, produtores buscam em cursos voltados à tecnologia da restauração florestal informações sobre diagnóstico ambiental da propriedade, produção e aquisição de mudas nativas com qualidade, métodos de restauração florestal, preparo, correção e adubação do solo, atividades de plantio e monitoramento de áreas restauradas. A Bioflora, empresa com sede em Piracicaba (SP), que atua em todos os segmentos envolvidos na restauração de florestas nativas,é uma das pioneiras na realização de cursos com 10 módulos, tendo como convidados especialisas de entidades públicas e privadas que abordam diferentes temas.
O produtor rural Renato Marcondes Pereira possui 15 alqueires de lichia em um sítio no interior paulista e é parceiro na produção de cana-de-açúcar em outros 150 alqueires. “Resolvi fazer o curso em busca de conhecimento na área de restauração e assim atender às demandas na adequação ambiental de minha propriedade”, explica. Pereira já participou dos sete módulos iniciais do curso e afirma que isso o auxiliou a formar uma consciência critica dos métodos e necessidades de uma bem conduzida restauração florestal.
“Em função da indefinição nas mudanças na legislação florestal, nós, produtores, estamos ainda elaborando e aperfeiçoando projetos de reserva legal, aguardando regras mais claras para iniciar a execução”, diz.
O curso demonstra, por exemplo, que há modelos de restauração florestal que permitem ganhos econômicos com retorno em curto, médio e longo prazo, se planejados e executados adequadamente. Isso pode representar um ganho 4 a 5 vezes maior que a pecuária, em alguns casos. O produtor rural que optar por implantar um projeto como esse poderá ganhar coma comercialização de produtos oriundos das florestas, tanto madeireiros quanto não madeireiros (frutos, sementes, produtos medicinais, mel etc.), podendo ainda se adequar perante a legislação.
Segundo André Nave, diretor da Bioflora, o primeiro passo para se iniciar a restauração florestal é avaliar a propriedade agrícola e/ou agropecuária na qual será implantado o trabalho, estabelecendo quais as espécies apropriadas e desejadas para o local, para estruturar uma floresta que ofereça lucro – o que é permitido pela legislação ambiental para algumas situações como Reserva Legal (RL) e até mesmo para Área de Preservação Permanente (APP) de pequenos proprietários.
“Há trabalhos que levam alguns meses até conclusão dos estudos, antes de iniciar a implantação do projeto propriamente dito, com o plantio de mudas estabelecidas de acordo com a necessidade do cliente. Depois de estabelecido o projeto, o modelo deve ser submetido à aprovação do órgão ambiental”, explica o diretor. Entre as avaliações necessárias da propriedade estão a cobertura atual e aptidão do solo, a adequação ambiental da propriedade à legislação vigente, o tipo de floresta e espécies regionais e o local pretendido para a restauração –APP, RL ou área agrícola, que irão definir tipo de manejo e diversidade de espécies.
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