Segunda, 27 de Agosto de 2018 - 15h34
Alta no custo dos insumos preocupa agroindústria de carnes
De acordo com o setor, elevação no preço do milho foi de 53% em agosto, com o farelo de soja registrando aumento de 43% no período
DATAGRO
A indústria de proteína animal está preocupada com o aumento nos custos dos insumos, especialmente milho e farelo de soja. Cálculos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam que, no caso do milho, a elevação média em agosto é de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a alta da tonelada de farelo de soja supera 43%.
De acordo com a entidade, o fator cambial e a redução da oferta de grãos nesta safra também impactaram substancialmente este quadro de aumento dos custos. Como consequência direta desta elevação – além do fato da elevação do preço do transporte - foi o anúncio de importação de milho de países do Mercosul, ocorrido no início deste semestre.
Segundo o presidente da ABPA, Francisco Turra, o ano de 2018 tem marcado um dos momentos mais críticos da história para os produtores de aves, ovos e de suínos do Brasil. “Diversos fatores internos impactaram na perda de competitividade da produção de aves e de suínos.”
A suspensão de plantas brasileiras exportadoras de carne de frango pela União Europeia, a continuidade do bloqueio russo à carne suína, a instituição de novos critérios halal por países árabes e a aplicação de equivocadas medidas de direito antidumping pela China foram alguns dos fatores que colocaram o setor em um período desafiador, cujo ápice ocorreu no fim de maio, durante a greve dos caminhoneiros.
De acordo com o dirigente, o tabelamento do frete também é um fator de perda de competitividade. “A greve dos caminhoneiros mostrou ao Brasil a grande dependência da avicultura e da suinocultura da logística rodoviária. Utiliza, para isto, transportes dedicados – por questões sanitárias – tanto para animais, quanto para produtos. Exatamente por isto, são transportes fidelizados, majoritariamente em distâncias curtas. Com a nova tabela, o custo logístico dos setores apresenta uma elevação média de 35% - chegando próximo de 80% em algumas modalidades, como o transporte de ração.”
Turra alerta que com a somatória destes fatores – tabelamento de frete e elevação dos custos de produção – os preços das carnes e outros produtos de aves e de suínos tendem a aumentar por volta de 15% para o consumidor final.
No entanto, na avaliação da ABPA, as perdas poderiam ser maiores, não fosse a forte diversificação de mercados importadores da proteína animal do Brasil. No mercado internacional, grande parte das exportações que antes eram destinadas a Rússia tiveram países da Ásia (China e Hong Kong) e da América do Sul (Chile, Uruguai e Argentina) como destino. Para a carne de frango, China, México, Iêmen, Emirados Árabes Unidos e outros mercados reduziram os impactos do embargo europeu.
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