Sexta, 23 de Maio de 2014 - 09h23
Estudo afirma que biotecnologia racionaliza 500 mi de tonelas de defensivos quimicos
Estudo avalia resultados apurados entre 1996 até 2012. Uso de inseticidas em lavouras transgênicas foi reduzido em 18,7%
CIB
As culturas geneticamente modificadas (GM) favorecem a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, proporcionando melhorias claras para a produtividade e para a renda do agricultor. A conclusão está no mais recente estudo da consultoria inglesa PG Economics, divulgado em maio de 2014 e denominado GM Crops: global socio-economic and environmental impacts. De acordo com o documento, a biotecnologia agrícola racionalizou a utilização de defensivos químicos (1996-2012) em 503.000 milhões de kg (-8,8%).Isso equivale à quantidade total de ingredientes ativos aplicados a culturas aráveis nos 27 estados membros da União Europeia em quase dois anos de cultivo.Como resultado, o impacto ambiental associado ao uso de herbicidas e inseticidas sobre a área plantada com culturas transgênicas foi reduzido em 18,7%.
As lavouras GM permitem ainda que os agricultores produzam mais com menos necessidade de expansão das fronteiras agrícolas. Se a biotecnologia agrícola não estivesse disponível para os 17,3 milhões de agricultores que utilizaram a tecnologia em 2012, a manutenção dos níveis de produção global teria exigido plantações adicionais de 4,9 milhões de hectares de soja, 6,9 milhões de hectares de milho, 3,1 milhões de hectares de algodão e 0,2 milhões de hectares de canola.Essa área total é equivalente a 9% da terra cultivável nos Estados Unidos, ou 24% da terra cultivável no Brasil ou 27% da área do cereal na União Europeia. O estudo da PG Economics é produzido a cada dois anos e apresenta números do cultivo de transgênicos em todo o mundo, desde 1996 até 2012.
Benefícios socioeconômicos
De acordo com o levantamento, a biotecnologia agrícola continua a ser um bom investimento. Globalmente, produtores receberam uma média de US$3,33 (R$ 7,35) para cada dólar investido em sementes transgênicas em 2012. Entretanto, agricultores de países em desenvolvimento receberam US$ 3,74 (R$ 8,26) por dólar investido, enquanto nos países desenvolvidos esse índice foi de US$ 3,04 (R$ 6,71). “Os maiores aumentos de produtividade e a maioria dos ganhos ambientais também ocorreram nessas regiões, onde muitos trabalhadores rurais têm recursos escassos e cultivam pequenas áreas de terra”, disse Graham Brookes, diretor da PG Economics e coautor do relatório. O retorno econômico líquido para os produtores que adoraram cultivares GM em 2012 foi de US$ 18,8 bilhões, o equivalente a um aumento médio de renda de US$ 117/hectare.Os dados revelam a importância da utilização da tecnologia por todos os tipos de agricultura, independentemente do porte e do tipo de produção.
No Brasil, a diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, lembra que o aumento sistemático nas taxas de adoção da biotecnologia é um sinal de que os benefícios dos transgênicos são claros. “Por meio do manejo mais flexível e da racionalização no uso de insumos, há uma expressiva redução de custos que, em última análise, significa mais lucro para os agricultores” afirma.
Meio ambiente e produção
A biotecnologia agrícola também contribuiu para reduzir significativamente a liberação de emissões de gases de efeito estufa a partir de práticas agrícolas, indica o relatório da PG Economics. O resultado se dá pela menor utilização de combustíveis e conservação adicional de carbono no solo em função da adoção do plantio direto e da menor utilização de arados. Em 2012, isso significou a não emissão de 27.000 milhões de kg de dióxido de carbono da atmosfera, o equivalente à remoção de 11,9 milhões de carros das ruas por um ano.
“Por meio da biotecnologia podemos conseguir variedades de plantas mais resistentes, adaptadas, nutritivas e produtivas, o que reduziria a pressão por novas áreas agrícolas e contribuiria para a sustentabilidade. Certamente, a biotecnologia é mais uma ferramenta para aumentar a oferta de alimentos em consonância com práticas sustentáveis e de preservação do meio ambiente”, afirma Adriana Brondani, do CIB.
Entre 1996 e 2012, a biotecnologia agrícola foi responsável por mais de 122 milhões de toneladas de soja e 231 milhões de toneladas de milho.A tecnologia também contribuiu com 18,2 milhões de toneladas adicionais de algodão em pluma e 6,6 milhões de toneladas de canola.
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