Terça, 13 de Agosto de 2024 - 16h32
Com Etanol Mais Verde, setor sucroenergético eliminou uso do fogo nas lavouras de cana-de-açúcar em SP, destaca Unica
Resultados do Etanol Mais Verde foram apresentados nesta terça-feira (13) durante a abertura da Fenasucro; usinas e fornecedores signatários do protocolo reforçam compromissos socioambientais
DATAGRO
As usinas e fornecedores signatários do Protocolo Etanol Mais Verde consolidaram a eliminação do uso do fogo como método pré-colheita nas lavouras de cana-de-açúcar do estado de São Paulo. Além disso, a iniciativa resultou em avanços ambientais importantes, como a redução de 52% no consumo de água no processo industrial, em comparação com 2010/2011; e o plantio de 54 milhões de mudas nativas desde o início da vigência do protocolo, em 2007.
Os dados atualizados foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo, durante a 30ª edição da Fenasucro & Agrocana, maior feira do mundo voltada exclusivamente à cadeia bioenergética.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) participou ativamente das discussões para construção do Etanol Verde, assinado em 2007, e posteriormente, da elaboração do Etanol Mais Verde, publicado em 2017, integrando o Grupo Executivo do Protocolo em conjunto com a ORPLANA, Cetesb, SEMIL e SAA.
Como parte da programação oficial da Fenasucro & Agrocana, o presidente da UNICA, Evandro Gussi, participou, ao lado do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai, e demais autoridades, da assinatura simbólica da Resolução Conjunta SAA/SEMIL nº 02/2024, que institui Grupo de Trabalho para propor novas diretrizes técnicas e novo arranjo jurídico para o protocolo.
Evandro Gussi destacou a importância dos avanços alcançados desde a primeira assinatura do Etanol Mais Verde. "O Brasil é um exemplo de que a gente produz preservando e a gente preserva produzindo. E ao lado dos benefícios ambientais, o Etanol Mais Verde permitiu uma grande revolução socioeconômica do setor canavieiro, com a requalificação de mais de 400 mil colaboradores”, afirmou. “A UNICA está aqui para reforçar, ratificar, confirmar e renovar esse nosso compromisso, mostrando que nós estamos do mesmo lado da mesa, buscando o mesmo objetivo”, complementou.
:: Compromisso
Por meio do protocolo Etanol Mais Verde, o setor sucroenergético paulista se comprometeu, voluntariamente, a fazer a antecipação da completa eliminação da queima como método pré-colheita nas lavouras de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. A legislação paulista previa o fim dessa prática para áreas mecanizáveis para o ano de 2021 e para áreas não mecanizáveis para o ano de 2031, mas o setor antecipou esse prazo, respectivamente, para 2014 e 2017, confirmando o seu compromisso com as comunidades locais e garantindo maior sustentabilidade no campo.
Os novos dados apresentados pelo Governo de São Paulo indicam que o fogo foi praticamente eliminado em todo o estado. Em todo o processo de antecipação do fim da queima, já foram evitadas as emissões de 12,5 toneladas de CO2 e 73,7 toneladas de outros poluentes na atmosfera, o que é equivalente ao impacto de 214 mil ônibus circulando pelo período de um ano.
:: Ganhos ambientais
As usinas signatárias do protocolo Etanol Mais Verde também estão comprometidas na promoção de diversas ações com vistas à conservação ambiental, especialmente no que refere à preservação de recursos hídricos e matas ciliares. Os dados atualizados nessa terça-feira indicam proteção de um total de 8.909 nascentes e consumo de 0,74 m3 por tonelada de cana processada, o que significa uma redução de 52% do consumo de água quando comparado com a safra 2010/2011, que era 1,52 m3 por tonelada processada. Além disso, mais de 54 milhões de mudas nativas foram plantadas desde o início do protocolo e 127.518 hectares de matas ciliares foram protegidas e recuperadas.
:: Combate a incêndios
Atualmente, 95% das usinas e associações signatárias já participam de Organismos de Cooperação Mútua (OCM), como também dos Planos de Auxílio Mútuo (PAM) e Rede Integrada de Emergência (RINEM). A safra 23/24 contou com 4,3 mil brigadistas e 1,9 mil caminhões-pipa nas operações corta-fogo.
Além disso, as signatárias beneficiam diretamente mais de 800 mil pessoas anualmente, entre colaboradores e comunidade do entorno, por meio de seus programas e projetos socioambientais. As ações são realizadas nas áreas de educação ambiental, saúde, cultura, esporte e formação profissional, entre outras.
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