Quarta, 22 de Novembro de 2023 - 14h45
Unem defende RenovaBio
Entidade representativa do etanol de milho repudia posicionamentos contrários à Política Nacional de Biocombustíveis
DATAGRO
Em um ano em que, a intensidade dos eventos climáticos comprova a urgência das ações para a transição energética, a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) vê com apreensão a resistência das distribuidoras de combustíveis ser parte da solução.
Em nota divulgada à imprensa profissional, a entidade destaca que o Brasil é uma das nações pioneiras na apresentação e execução de políticas públicas voltadas para o processo de redução das emissões de gases de efeito estufa. Por meio da Política Nacional de Biocombustíveis, instituída pela Lei no 13.576/2017, o RenovaBio instituiu um programa nacional que possibilita a neutralização das emissões da gasolina e do óleo diesel pelos créditos gerados pela indústria de etanol, biodiesel e biometano, independente das razões e fatos externos que influenciam a composição dos preços e a atratividade para a decisão de consumo de álcool ou gasolina.
Desde sua instituição até novembro deste ano, o RenovaBio permitiu a mitigação de 109 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera por meio de sua política de compensação. Para ter uma ideia do impacto desta política pública, tal compensação só seria possível por meio do cultivo de 763 milhões de árvores por um período de 20 anos em 127 milhões de metros quadrados.
A emissão dos créditos de descarbonização (CBIOS) é realizada por 331 unidades produtoras de biocombustíveis certificadas. As biorrefinarias de etanol de milho têm se engajado com essa realidade a partir de 6 indústrias full já certificadas, 1 em certificação, além de 6 indústrias flex (cana+milho) já certificadas e outras em preparação para aderir ao programa. As chamadas rotas passam pelas cadeias do bioetanol de primeira e segunda geração, de milho e de cana, inclusive por indústrias que usam duas biomassas, biometano e biodiesel.
O setor de etanol de milho, desde a safra 2019/2020 até outubro de 2023, adicionou ao mercado 15,6 bilhões de litros (anidro/ hidratado) por meio de investimentos privados que superaram os R$ 20 bilhões, com parque industrial de mais de 20 biorrefinarias com capacidade instalada superior a 6 bilhões de litros/ano, unidades de armazenamento de grãos, infraestrutura logística, modais de transporte rodoviário e ferroviário, além de toda economia circular gerada nas cadeias de proteínas animal, florestas plantadas e cogeração de energia elétrica a partir de Biomassa.
Com o encaminhamento do Projeto de Lei 4516/2023, o chamado PL Combustível do Futuro, o Governo Federal dá indicativos seguros que a transição energética do país se dará a partir de suas matrizes vocacionadas de produção de energia limpa e renovável, sustentado por mandatos de SAF, aumento da mistura para 30% de etanol anidro à gasolina, retomada dos mandatos de biodiesel e incentivo ao Biogás, Biometano, hidrogênio verde e captura e armazenamento de CO2 (CCS), potencializando os setores primários de produção de cana de açúcar, milho, sorgo, soja, trigo, palhas, biomassas diversas e resíduos agroindustriais para a produção de energia limpa e renovável.
Não há de se negar os compromissos internacionais de redução de emissões e o papel do Brasil na agenda global de transição energética, motivado pela vocação da produção agrícola tropical que permite produzir alimentos, fibras e biocombustíveis em um mesmo ano safra mediante a rotação de 2 a 3 culturas sob as condições naturais de clima através da integração de lavoura, pecuária e floresta ( ILPF).
Cabe a aqueles que negam a realidade, a quebra de paradigmas e a transição de seus interesses a economia limpa, antes que o Jus Sperniandi possa comprometer o Brasil na sua responsabilidade de pulmão do mundo e Celeiro da produção de alimentos.
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