Quinta, 17 de Novembro de 2022 - 08h34
COP27: MME destaca potencial dos biocombustíveis brasileiros
Etanol é citado como protagonista na jornada de descarbonização
DATAGRO
O Ministério de Minas e Energia (MME), por meio de representantes da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG), destacou o potencial das bionenergias e biocombustíveis brasileiros durante painel da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 27). A participação foi realizada na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF), com transmissão simultânea para a sede da COP 27, em Sharml el-Sheikh, no Egito.
O coordenador-geral de etanol da SPG/MME, Marlon Arraes, aproveitou a proximidade do mundial de futebol para destacar o grande time brasileiro, capitaneado pelo etanol, para reduzir as emissões de carbono na atmosfera. Entre os goleiros, está a cana de açúcar e seus derivados, que desde 2007 é a principal fonte de energia renovável do Brasil e a segunda fonte energética do país, perdendo apenas para o petróleo.
Na zaga, estão a linhaça, a torta de filtro e as cinzas. “Três biofertilizantes que protegem o campo e garantem a meta dos goleiros com sustentabilidade”, disse Marlon. Na lateral, estão o bagaço e a palha “imprescindíveis para sustentar o esquema tático da bioenergia no País”. No meio, entre os selecionados estão o biogás e biometano, que têm ganhado destaque no País. No ataque, estão o etanol E100 e anidro. “Como eles, o Brasil já economizou 2,2 bilhões de barris de petróleo e reduziu as emissões em 1,4 bilhão de toneladas de CO2”, destaca Marlon.
Ainda no evento, o diretor do Departamento de Biocombustíveis do MME, Fábio Vinhado, destacou o protagonismo brasileiro em relação aos biocombustíveis. “Hoje, somos o segundo maior produtor mundial de etanol e o terceiro de biodiesel. Nossa matriz de combustíveis de veículos leves é de cerca de 40%. Temos 357 usinas de etanol autorizadas, produzindo etanol tanto de cana quanto de milho, para abastecer esse enorme mercado que temos hoje. É o combustível do futuro”, destaca.
Fábio também elencou as políticas públicas realizadas pelo governo brasileiro para incentivar o uso e a produção de biocombustíveis, como a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e o Programa Combustível do Futuro. Sobre o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), ele destacou que, com a extensão do prazo, agora mais cinco plantas serão criadas para gerar biometano. “A estimativa do setor de biogás é que se tenha o acréscimo de pelo menos 25 plantas nos próximos quatro cinco anos”, completa.
:: Biometano
Segundo o diretor do MME, o Brasil tem potencial de chegar, em 2031, a cerca de 7 bilhões de metros cúbicos de produção de biogás como resíduo energético. “Se a gente pegar cerca de 55% disso tudo, vamos conseguir transformar 4 bilhões de litros de óleo diesel em biometano. Uma perspectiva de bioenergia importante para o futuro”, completa.
:: Aviação
Foi destacado, ainda, o potencial brasileiro de ser um grande fornecedor de biocombustível de aviação. No final de setembro, levantamento da Roundtable on Sustainable Biomaterials (Mesa Redonda sobre Biomateriais Sustentáveis, tradução literal) apontou que o Brasil tem potencial para produzir até 9 bilhões de litros de combustível sustentável de aviação (SAF).
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