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Quinta, 28 de Outubro de 2021 - 16h22

Sociedade civil cria movimento para estimular mobilidade sustentável de baixo carbono

Entre as principais bandeiras da iniciativa destaca-se a mensagem-chave que a utilização de biocombustíveis está evoluindo em países, que almejam criar uma opção sustentável e de complementariedade à eletrificação veicular

DATAGRO

A COP 26, em Glasgow, na Escócia, está próxima. Será o momento de reafirmar os compromissos de redução de emissões coletivamente, rumo à descarbonização. Políticas públicas e ações para o estímulo à mobilidade de baixo carbono são cada vez mais frequentes ao redor do mundo e, nesse sentido, entidades dos setores automotivo e de biocombustíveis se uniram para a construção de um plano estratégico para promoção da Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC) no Brasil.

O movimento MSBC é destinado a promover cooperação multidisciplinar sobre temas relacionados à descarbonização da mobilidade, contribuindo para as discussões sobre políticas públicas que envolvam tecnologias de baixo carbono, entre elas a hibridização e a célula de combustível que usem fontes sustentáveis de energia, estimulando o desenvolvimento econômico equilibrado e socialmente inclusivo.

Essa cooperação visa contemplar as rotas tecnológicas de forma ampla, sem exclusão de nenhuma, complementando as linhas de eletrificação a bateria e outros caminhos rumo à descarbonização. O objetivo é contribuir com as autoridades e entidades governamentais na construção de um plano estratégico para a ampliação da utilização dos biocombustíveis no Brasil, bem como estimular P&D no país, gerar empregos e combater o aquecimento global por meio de novas tecnologias ambientalmente sustentáveis.

Para tal, o MSBC tem entre suas metas estimular a convergência entre os diversos e importantes programas e iniciativas governamentais, como Rota 2030, Proconve, RenovaBio Combustível do Futuro, permitindo que o Brasil desenvolva soluções genuínas seguindo seus diferenciais energéticos, com potencial para atrair a atenção de outros países.

De forma palpável, sugere como medida fundamental uma visão mais abrangente sobre os impactos do setor automotivo no meio ambiente. Para isso, recomenda nova metodologia de cálculo que englobe as emissões de CO2 e geradas desde o “Poço (ou plantação) até a Roda”, ou seja, da produção dos combustíveis até a emissão pelo escapamento dos veículos (hoje só a última parte – que é a emissão do veículo – é considerada).

Esse ponto está em sintonia com o Programa Combustível do Futuro, criado recentemente pelo Conselho Nacional de Política Energética, cuja meta é induzir planejamento de longo prazo para o setor de biocombustíveis, com ênfase na vocação brasileira para a produção sustentável de bioenergia e combustíveis renováveis.

A utilização de biocombustíveis está evoluindo em países que almejam criar uma opção sustentável e de complementariedade à eletrificação. A Índia é o exemplo mais recente e colocou o etanol como uma das principais prioridades do século 21. O país, um dos mais populosos do mundo, criou um plano para que, ainda na metade da década, aumente fortemente a utilização do biocombustível, abrindo espaço para a utilização de motorização flexfuel no mercado indiano.

Se comprometeram a assinar o Protocolo de Intenções do MSBC entidades como a

Além disso, já há contatos avançados com o setor acadêmico, que será parte fundamental e já vem demonstrando interesse em parcerias para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias como célula de combustível a etanol, hibridização com biocombustível, etanol de segunda geração etc.

O MSBC também será assessorado por diversos profissionais já reconhecidos em suas áreas de atuação que aderiram ao grupo de trabalho por compartilhar de seus objetivos.

:: Luiz Carlos Moraes, Presidente da Anfavea

“Recentemente a ANFAVEA apresentou o estudo ‘O caminho da descarbonização do setor automotivo no Brasil’, como uma contribuição da entidade para o debate com todos os setores envolvidos com a cadeia automotiva do país, bem como com o poder público. O estudo leva em consideração as diversas rotas tecnológicas, a rica matriz energética disponível e os desafios da infraestrutura do país, entre outros aspectos. Nosso objetivo é ajudar a construir um caminho para a redução das emissões dos gases de efeito estufa. Temos essa obrigação para com as futuras gerações.”

:: Evandro Gussi, Presidente da UNICA

“Entendemos mobilidade verdadeiramente sustentável. O biocombustível é uma solução."

:: Dan Ioschpe, Presidente do Sindipeças

“Para o Sindipeças, o Brasil tem larga experiência na utilização do etanol como combustível veicular limpo e sustentável, com vasto parque instalado e profissionais capacitados. A entidade entende que esse diferencial não deve ser desperdiçado.”

:: Besaliel Botelho, Presidente da AEA

“Como entidade técnica e neutra do setor automotivo brasileiro, desde a sua fundação, a AEA defendeu o estudo e o debate de todas as tecnologias. Mas temos de reconhecer que o Brasil possui uma matriz energética rica, diversificada e diferenciada, que contempla as biomassas, inclusive para a futura célula de combustível. O Brasil tem – sobretudo – o domínio do conhecimento dessas tecnologias”.

:: Camilo Adas, Presidente da SAE BRASIL

“Há 30 anos a SAE BRASIL cria e dissemina conhecimento com foco em desenvolver a engenharia nacional para o futuro da mobilidade. Mais de que todos somos parte da solução aos desafios impostos pela mudança do clima e que são diversas as rotas para se chegar a uma complementar, simples, acessível, replicável e emite até 90% menos do que a gasolina”.

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