Expansão mundial do uso do etanol passa pela ampliação do número de países produtores
Diagnóstico foi feito presidente do Conselho da Unica, Marcelo Ometto, na 19a. Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol
DATAGRO
A expansão mundial do uso do etanol passa necessariamente pela ampliação do número de países produtores, já que atualmente a produção do biocombustível em larga escala é muito concentrada no Brasil e nos Estados Unidos. O diagnóstico foi feito presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcelo Ometto, durante a 19a. Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, realizada no início desta semana – segunda (28) e terça (29), em São Paulo (SP).
Em sua fala, Ometto disse que, com base em recentes viagens internacionais, pode constatar que o maior potencial para o etanol em nível global é a sua utilização como aditivo para gasolina. “É assim que a maioria dos países enxerga”, ressaltou, acrescentando que o “grande mercado que se avizinha neste cenário é a China”.
De acordo com relato de Ometto, a China deve ter, em breve, cerca de 500 milhões de veículos rodando, e Pequim definiu que apenas aproximadamente 10% deverão ser elétricos, devido à preocupação ambiental com o descarte das baterias utilizadas neste tipo de motorização. “Podemos vender gasolina misturada com etanol para os chineses.”
Eletrificação da frota
Também participante da Conferência DATAGRO, o ex-secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, assinalou que o debate da eletrificação da frota automotiva está carregado de desinformação e preconceito acerca dos benefícios ambientais, sociais e econômicos dos biocombustíveis.
Na avaliação do presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, o caminho mais indicado para eletrificação automotiva é o pautado pelos combustíveis líquidos por meio das células combustível nos motores, modelo que apresenta alta densidade energética e baixa pegada de carbono. “É este formato que a EPE tem defendido”, pontuou o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Mauro Ferreira Coelho, outro participante da Conferência.
Segundo Coelho, o Brasil tem “um bom problema” que é a diversidade de opções disponíveis de fontes energéticas renováveis. De acordo com o executivo, neste desafio da transição, que tem no momento o híbrido elétrico/flex como o veículo de vanguarda comercial, temos o etanol, o biodiesel, o biogás, o biometano, como atuais e futuras alternativas de biocombustíveis como parte integrante da eletrificação. “Vejo o carro elétrico puro com potencial mais voltado para se tornar um nicho de mercado.”
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