Aprobio discorda da manutenção da mistura de biodiesel em 10% para o próximo leilão da ANP

Assim como a Abiove, a Aprobio divulgou comunicado à imprensa, nesta quinta-feira (13), lamentando a manutenção da redução da mistura mínima de biodiesel em 10% (B10) para o próximo leilão (L80) da ANP.

De acordo com a entidade, com a medida, a cadeia de produção do biodiesel acaba sendo a única penalizada por uma condição macroeconômica que impacta os preços dos combustíveis, colocando o mercado de biocombustíveis num cenário de total incerteza, prejudicando mais de 1,5 milhão de trabalhadores e a continuidade dos investimentos do setor na economia do país.

Na avaliação da Aprobio, apesar do programa de biodiesel ser apresentado como um compromisso de Estado, o governo não se sensibilizou por nenhum dos argumentos apresentados pelas associações que indicam os impactos dessa decisão para a saúde, meio ambiente, inflação de alimentos e redução de empregos. Segundo a entidade, a medida contraria o RenovaBio e o programa Combustível do Futuro.

"Sem falar que o resultado da decisão de redução da mistura, que interrompeu abruptamente o decorrer do L79, foi totalmente consumida pelo aumento do valor do diesel fóssil no período. A sensação do setor é que ele está sendo preterido em favor de outros agentes da economia e que o governo verá os danos que serão consumados na segurança jurídica e nos avanços dos biocombustíveis, que são tão importantes para o futuro do Brasil", ressalta a nota.